As vendas no varejo tiveram queda de 31,8% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento da Serasa Experian. Essa foi considerada a maior retração desde o início da série histórica iniciada em 2001, baseada no número de consultas feitas à base de dados da consultoria. A maior queda havia sido em janeiro de 2002, quando as vendas reduziram 16,5%.
No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a atividade do varejo apresenta uma retração de 10,1% em relação ao período de janeiro a abril de 2019. Para tentar driblar as perspectivas de queda, no dia 1° de junho, algumas regiões do país iniciaram o processo de flexibilização da quarentena. Através dessas medidas, estima-se que a economia inicie um reaquecimento, trazendo animo ao mercado, além de esperança aos consumidores e aos varejistas.
Para entender melhor como está a relação do varejo brasileiro com a pandemia, a Involves, maior portal de trade marketing do Brasil, produziu uma pesquisa exclusiva com foco na indústria, distribuidores e agências. O objetivo é entender como as empresas que trabalham diretamente com varejo e PDVs estão se preparando e como elas já foram impactadas com relação ao coronavírus.
De acordo com informações do site da organização, os primeiros resultados da pesquisa foram divulgados em webinar. Todas as informações serão compiladas em um material rico que será disponibilizado em breve no Involves Club. Segundo o portal, a proposta é compreender o cenário do varejo em relação à disseminação do vírus e como a tecnologia pode ser uma aliada para minimizar as consequências em um cenário de pandemia que de alguma forma trabalham no atendimento ao shopper e nos pontos de venda.
Datas comemorativas
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), importantes datas do calendário continuarão a sentir os impactos com as quedas das vendas, faturando menos do que a metade somada em 2019. Exemplo disso, foi a estimativa de vendas do Dia das Mães, que apresentou a perspectiva de 60% de queda. Segundo a pesquisa, a Páscoa sofreu redução de 31,6% no número de vendas.
Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimava que o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, teria queda de 43,1% nas vendas no varejo em todo o país com relação a 2019, como reflexo da pandemia do novo coronavírus.
A CNC revelou que a data deveria movimentar apenas R$ 937,8 milhões este ano, contra R$ 1,65 bilhão em 2019. “É a terceira data do varejo este ano e com queda fortíssima”, disse à Agência Brasil o economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pela pesquisa.
Moda
Minimizar os impactos dessa crise nos negócios requer muita inovação. Segundo o Sebrae, criatividade tem sido a palavra de ordem para que os negócios se reinventem, sejam com vendas online, seja com novos produtos ou serviços.
Pesquisa do próprio Sebrae apontou que alguns pequenos negócios que se reinventaram durante a crise tiveram até aumento no faturamento, por exemplo. Para o Serviço, fazer uma boa gestão financeira da sua empresa é outra ação essencial para a sobrevivência.
Índice Cielo do Varejo Ampliado
O impacto da pandemia da Covid-19 é bem diferente nos diversos formatos do setor de varejo, mas, de modo geral, é inevitável não notar que o ramo está sendo significativamente afetado.
O estudo “Impacto do Covid-19 no Varejo Brasileiro”, divulgado pela companhia CIELO, mostra uma breve análise de como o setor está reagindo ao isolamento das pessoas, ao fechamento de bares e restaurantes e à redução das frotas no transporte público.
Abaixo, confira os resultados coletados no período entre 01 de março a 30 de maio de 2020.
– O setor de Drogarias e Farmácias apresentou queda de -3,9% no período acumulado;
– O setor de Supermercados e Hipermercados apresentou crescimento de 15,6% no período acumulado;
– O setor de Postos de Gasolina apresentou queda de -34,9% no período acumulado;
– Os Demais Setores em Bens Não Duráveis apresentaram queda de -24,1% no período acumulado;
– O setor de Vestuário apresentou queda de -66,6% no período acumulado;
– O setor de Móveis, Eletro e Lojas de Departamento apresentou queda de -32,3% no período acumulado;
– O setor de Materiais para Construção apresentou queda de -7,6% no período acumulado;
– Os Outros Setores em Bens Duráveis apresentaram queda de -40,4% no período acumulado;
– O setor de Turismo e Transporte apresentou queda de -77,6% no período acumulado;
– O setor de Bares e Restaurantes apresentou queda de -60,0% no período acumulado;
– O setor de Serviços Automotivos e Autopeças apresentou queda de -24,0% no período acumulado;
– Na abertura por grupos de setores, o setor de Bens Não Duráveis apresenta a menor queda, -2,4, atenuando o impacto no período;
– O setor de Bens Duráveis apresentou queda de -42,0% no período acumulado;
– O setor de Serviços, o mais impactado desde o início do surto, apresentou queda de -61,8% no período acumulado;
– Os Demais Setores em Serviços apresentaram queda de -46,1% no período acumulado.
Fonte: Boletim Cielo
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