Quem tem emprego, que cuide dele!
Março de 2015 foi o pior em seis anos para o mercado de trabalho na região, que compreende as cidades de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Hortolândia. O saldo entre demissões e contratações foi de apenas 59 postos de trabalho criado. Os dados são do Caged (Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
No país, depois de três meses consecutivos em queda, a geração de empregos formais voltou a crescer no mês, com 19.282 postos de trabalho criados. O número representa crescimento de apenas e tão somente 0,05% em relação a fevereiro, quando foi registrado fechamento de 2.415 vagas. No acumulado do ano, o resultado ficou negativo em 0,12%. Já nos últimos 12 meses, o Caged apontou redução de 48.678 postos, embora março deste ano tenha sido melhor do que o ano passado.
Os especialistas em Carreira vem apontando que o mercado pertence apenas ao melhores preparados e mais qualificados. Ou seja, em tempos de desemprego, quem tem um emprego, que cuide dele! Seja com cursos de aprimoramento, especialização, determinação ou qualidades comportamentais inerentes aos profissionais mais experientes ou melhores preparados, é hora de trabalhar, literalmente.
Segundo a coach, psicóloga e professora da IBE Conveniada FGV, Eline Rasera, para quem ficou sem emprego, o melhor negócio é alavancar as competências, fazendo cursos, estudando um novo idioma, desenvolvendo-se da maneira que atende a realidade de cada um. “Mudar de carreira e aprender nova profissão também é opção em caso de desemprego. Mudança gera crescimento e aprendizagem”, destaca.
Para os executivos ou líderes que desejam dirigir a empresa em segurança em meio às tormentas da economia, a dica também é agregar conhecimento. “E quem tem oportunidade pode buscar modelos de desenvolvimento de novos negócios ou outros produtos que possam atender às necessidades do momento. Voltar às salas de conhecimento é fundamental”, finaliza.
A procura por educação executiva tem apresentado um movimento contrário, chamado pelos especialistas de contraciclo. A informação é da IBE Conveniada FGV – Institute Business Education – Fundação Getulio Vargas. Para os especialistas, a principal razão desse movimento é a visão de oportunidade para aprimorar as qualificações e ocupar os cargos de gestão e liderança disponíveis no mercado de trabalho. “Quanto mais qualificado estiver o profissional, menores são as chances de ele entrar para a estatística do desemprego”, comenta Heliomar Quaresma, presidente da IBE Conveniada FGV.
Por outro lado, os profissionais mais experientes, os da famosa geração X, que estavam começando a ficar “esquecidos” pelo mercado, podem aproveitar para voltar com tudo. É que as novas tecnologias e a entrada no mercado de pessoas muito jovens ocasionaram problemas como falta de comprometimento, engajamento e alto turnover, levando as empresas a buscarem líderes mais maduros para atuar como gestores dos mais novos.
Enfim, como dizem meus amigos portugueses, é o que é. Só existe um jeito de encontrar emprego ou permanecer em uma vaga, sendo imensamente melhor que seu concorrente em tudo. A tarefa não é fácil, e sempre vai haver injustiça, mas nada como ir para a casa com a sensação de dever cumprido da melhor maneira possível.
Fonte: http://www.panoramadenegocios.com.br/2015/04/quem-tem-emprego-que-cuide-dele.html