Quem não tem sonhos na profissão acaba projetando-se nos outros. Qual é o seu?
Carreira, trabalho, família, saúde. São questões com as quais lidamos no dia-a dia e estão no cerne das nossas preocupações e prazeres. Mas e os seus sonhos de verdade? Você é capaz de identificar os sonhos que servem para alimentar sua energia e indicar caminhos para que você possa agarrar suas paixões?
Conheço muitas pessoas que se afastam dos seus sonhos por achar que são grandes demais. Ou simplesmente são engolidas pela rotina de tal forma que acham tudo isso uma bobagem.
Mas o sonho deveria ser visto como a capacidade de nos conectarmos com nós mesmos. Algo que invoca constantemente a busca pelo autoconhecimento, questão imprescindível para nosso desenvolvimento profissional, pessoal e até mesmo espiritual.
Um sonho não é o próximo passo de carreira ou a mudança para uma casa maior, mas sim a projeção de desejos, valores, esperanças e expectativas ligados a uma causa, um significado. Está diretamente relacionado com o legado que queremos deixar para nossos filhos, netos e, porque não, para a sociedade. Algo ligado a uma missão de vida em todos os seus aspectos.
Esses objetivos por si só nos obrigam a evoluir. Porque eles nos provocam a melhorar o autoconhecimento, o que por sua vez que nos dá uma capacidade de trabalhar melhor nossas competências, repensar escolhas, investir nos conhecimentos necessários e começar a construir parcerias que nos ajudem a perseguir essa verdadeira satisfação interior.
Ter um sonho, seja ele grande ou pequeno, é criar a sua própria individualidade. E a sua identidade é fundamental para que você possa atuar bem no coletivo. Quem não faz esse exercício – tanto na vida profissional como na pessoal – tem grandes chances de seguir o triste caminho de projetar-se no sonho de outro.
Eu acredito que o desenho de um plano de carreira deve estar projetado no objetivo de nos tornarmos pessoas realizadas e felizes. Desta forma, seremos pessoas mais verdadeiras, mais íntegras e capazes de deixar legado do qual poderemos nos orgulhar lá na frente.
Fonte: Vicky Bloch, especialista, professora no programa CEO FGV