O potencial de monetização do Facebook é uma incógnita para os investidores desde a abertura de capital da rede social — nas primeiras semanas, as ações despencaram, para quem não lembra. O melhor jeito de Zuckerberg turbinar a receita é com publicidade direcionada, algo que vem sendo feito ostensivamente nos últimos anos. Porém esse pode ser o principal quesito de insatisfação dos usuários.
Segundo um estudo realizado pela consultoria Gauge, houve um aumento na atividade no Facebook entre os brasileiros de 56% em relação aos anos anteriores. Entretanto, 26% consideram que a rede está menos atraente, o que significa menos engajamento. “As pessoas estão mais presentes na rede social, mas interagem menos por não acharem o conteúdo relevante”, explica Dante Calligaris, diretor executivo da Gauge.
A falta de ânimo pode estar ligada à presença das empresas, uma vez que 45% dos internautas ficam incomodados com a publicidade no Facebook. 30% acreditam que a imagem das marcas só piora na rede social, enquanto 41% sequer chegam a reparar nas ações promovidas.
“O usuário não quer spam. As marcas que estão presentes nas redes sociais precisam evoluir, reavaliar sua comunicação para entregarem algo de valor, que é o esperado pelo consumidor”, comenta Dante.
Outro fator responsável pela mídia social ter se tornado menos interessante é a ferramenta de interação instantânea WhatsApp, considerada por 31% dos participantes como parte “muito importante” em seu dia-a-dia. Na comparação, o Facebook está dois pontos percentuais abaixo.
Fonte: Presente Diário