Em um mercado de trabalho cada vez mais volátil, em que tecnologias e cenários, bem como expectativas e condições mudam de forma acelerada, o profissional que atua em gestão de projetos vem ganhando cada vez mais destaque.
Para falar sobre o assunto, a escola de negócios IBE (Institute of Business Education) reuniu um time de peso em um webinar que mostrou os efeitos da pandemia no setor e os impactos para o mercado de trabalho na área.
O mestre em Engenharia da produção, Othon Silva, coordenador da pós-graduação em Gestão de Projetos, e os professores José Renato Carpi, Thiago Marco Leandro e Tamara Masella mostraram as tendências e expectativas do mercado, baseadas na 7ª edição do PMBOK.
A 6ª edição focava principalmente no gerenciamento de projetos preditivos, que exige um ambiente mais estável. A 7ª, por sua vez, enfatiza a gestão de projetos orientada a mudanças, justamente para estar de acordo com o novo contexto global.
A com a experiência de 23 anos no mercado, Silva foi o mediador do evento apresentando a história do IBE e o programa da pós em Gestão de Projetos. “Quando a única ferramenta que você tem é martelo, todo problema que você tem, você acha que é prego”, afirmou.
Após 12 anos no IBE e 20 atuando na área, Carpi mostrou o panorama de evolução do sistema industrial e a revolução na gestão de projetos ao longo da história. Segundo ele, essas transformações culminaram a indústria 4.0 que traz consigo características importantes para quem gere projetos: interoperabilidade, virtualização, modularidade e descentralização.
“Os efeitos são vários como redução nos custos de produção, maio número de profissionais com incumbências estratégicas, cultura organizacional com foco em estratégia, produção mais flexível, maior velocidade no lançamento de produtos e maior acesso do consumidor a produtos personalizados com menor custo”, analisou.
Em sua visão, em meio a um cenário incerto, é necessário analisar o contexto e escolher a melhor ferramenta. Nem todas caberão perfeitamente para as mais diversas situações. “Aproveite o legado da Indústria 4.0 e faça a melhor gestão de projetos possível, mas não despreze as ferramentas tradicionais, pois muitas organizações ainda precisam deste tipo de abordagem”.
Para o professor Thiago Marco, mestre em Engenharia que atua há mais de 15 no mercado de projetos, o pós-crise do coronavírus deve ser aproveito como pré-oportunidade. Ele comparou a situação com os procedimentos necessários à decolagem de um avião e todo o checklist que se faz para colocar o avião no ar. “Tudo vai até que as condições mudam”, destacou o professor. “E é aí que a gestão fica complicada”.
Para ele, a questão prioritária é se manter vivo. Em seguida, deve-se aproveitar as oportunidades de melhoria e, logo depois, se reinventar no novo cenário. “Cabe à liderança ter as competências técnicas e habilidades comportamentais exigidas para estar na posição certa neste momento para evitar que o avião caia”, pontuou Marco.
A engenheira Tamara Masella, especialista em Lean Enterprise pela Universidade do Tenessee, falou sobre o futuro da carreira no setor. Ela mostrou as diferenças primordiais entre o mundo VUCA e o BANI e a transição que o mundo enfrenta atualmente. Segundo ela, o foco das empresas hoje é a eficácia, colocando o foco no cliente e na entrega do valor.
As novas abordagens em projetos preveem que o modelo tradicional de escopo, custo e tempo que determinam a qualidade seja eliminado. O novo padrão parte de uma ideia, que se transforma em um MVP, que é medido por dados e transformado no melhor possível, até se transformar num projeto completo. “Não existe certo e errado. Existe aquilo que você vai extrair de melhor em tudo para obter o resultado esperado. A cadeia completa se resume em construir, medir e aprender”, sintetizou.
Na opinião da professora, são duas variáveis envolvidas para um desafio em projetos: definir a estratégia e executar a solução. “Os verbos das ações nestas duas variáveis são: descobrir, definir, desenvolver e estregar”. De acordo com ela, para estar preparado a esse novo modelo é preciso estar sempre preparado, desenvolve escuta ativa e se aperfeiçoar.
Acompanhar as tendências de tecnologia, desenvolver soft e hard skills, destacar-se no seu segmento, aliar teoria e prática e continuar se aprimorando através de cursos e especializações são fundamentais para quem deseja atuar no setor.
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