A crise causada pela pandemia do coronavírus já comprometeu a saúde financeira de muitas empresas. Segundo especialistas, quando o período de isolamento passar, automaticamente, a competição para preencher esses postos em aberto será extremamente concorrida.
“Certamente, quando as empresas voltarem a operar em sua capacidade máxima, elas irão enfrentar desafios gigantescos para retomar suas operações, sua capacidade produtiva e, principalmente, seus resultados. Esteja munido das melhores técnicas de resolução de problemas e, principalmente, de proatividade, determinação e resiliência”, explica o coach de carreira e professor da IBE Conveniada FGV, Vagner Sandoval.
Gestores também deverão ter um novo perfil. Além de capacidade comunicativa avançada, para motivar, engajar e produzir resultados com subordinados a distância e com os mais diferentes perfis como diferença de idade, geração e posição geográfica, eles deverão ser capazes de discernir quando usar a comunicação, desde o “olho no olho” e videoconferência, a uma mensagem escrita ou áudio de WhatApp. “Se as condições mudam, pessoas reagem de formas diferentes. Com o mercado de trabalho isso não é diferente. Mais do que nunca, é hora de se preparar”, alerta o professor.
Aproveite o período de isolamento para estudar, reciclar as competências, se qualificar e adquirir novas competências pode fazer a diferença na retomada do “novo normal”. Afinal, quem estiver melhor qualificado terá mais chances de conquistar essas posições. “Faça um MBA, devore livros, TED Talks, palestras e cursos sobre os temas e área de atuação, além disso, atente-se à comunicação interpessoal e inteligência emocional”, comenta a professora de Gestão de Pessoas da IBE Conveniada FGV, Beatrice Boechat D´Elia.
Um currículo com um MBA ou um curso de pós-graduação, pode fazer muita diferença na retomada. Com a Pós ADM FGV, sigla a que se refere o curso de pós-graduação em Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, o currículo fica mais atrativo, colaborando na construção de uma boa imagem para as empresas contratantes. Uma das primeiras conclusões que os avaliadores chegam é que o candidato está preparado para os desafios do mercado, além de ser dedicado e disposto a desenvolver as tarefas do dia com mais competência e legitimidade.
A seguir, confira as principais expertises que serão exigidas no novo mercado e que se tornarão inegociáveis, segundo a professora Beatrice Boechat D´Elia:
– Alta Inteligência emocional com seus cinco elementos clássicos: autoconhecimento, gestão das próprias emoções, motivação, capacidade de ser empático e de ler as emoções do outro, e capacidade de se relacionar bem;
– Alta capacidade analítica envolvendo pensamento sistêmico, capacidade de abstração, raciocínio logico e criatividade para resolver problemas complexos;
– Eficácia na gestão do tempo;
– Alta capacidade de se comunicar de forma eficaz ou “construir liga na equipe” ao mesmo tempo que motiva um a um, para conduzir reuniões presenciais ou não, para mediar e solucionar conflitos com o objetivo de produzir resultados com o time;
– Domínio de tecnologias de comunicação a distância;
– Inglês avançado, que é importante há anos, mas será indispensável para quem quer assumir cargos de crescente responsabilidade na hierarquia das organizações e “se o profissional tiver uma terceira língua fluente, melhor ainda”;
– Inteligência cultural, que é a capacidade de se adaptar a diferentes culturas, já que os ambientes corporativos e de negócios são, cada vez mais, multiculturais;
– Orientação para resultados empresariais com o cuidado de se preocupar com outros, mas lembrando também se preocupar consigo, de refletir sobre atingir determinados resultados e trabalhar para determinada empresa faz sentido para você. “E aqui entra, novamente, a importância do autoconhecimento. Prepare-se, pois o novo mercado te espera”, finaliza a especialista.