Briga é pela informação mais simples (números de telefone) e pela fidelidade do cliente no uso da nova forma de pagamentos
Que CPF e telefone de clientes valem uma fortuna a gente já sabe. Mas no Pix, o novo sistema de pagamentos do Banco Central, esses dados pessoais são ainda mais preciosos para as instituições financeiras.
Simples: no Pix, o cliente deixa de ser identificado por agência e conta. No lugar, a transferência é feita informando um único dado pessoal. E me diga aí, você prefere soletrar nome e sobrenome arroba alguma coisa ponto com?
Pensa com o meu nome: tê – a – dois esses – i – a ponto ka – a – esse – tê – ene – e – erre arroba. Cansou? Eu também. Há chances de essa transação não acontecer porque a pessoa errou o email? Sim, e elevadíssimas.
Mais fácil dizer apenas um conjunto de números, como o telefone, que a gente já diz quando passa o zap pra alguém, ou o CPF (CPF na nota?).
Isso explica por que instituições financeiras começaram, ainda em setembro, uma verdadeira corrida de cadastro de chaves Pix (o Pix começa a funcionar apenas em 16 de novembro).
Isso explica por que instituições financeiras começaram, ainda em setembro, uma verdadeira corrida de cadastro de chaves Pix (o Pix começa a funcionar apenas em 16 de novembro).
Claro, muita coisa ainda vai rolar nessa guerra de chaves Pix, especialmente até que o serviço comece a funcionar. E, por fim, as chaves Pix não são compromissos eternos. Basta pedir para trocar e levar para outro banco.
Em resumo, quem ganha é mesmo o consumidor, que não vai mais pagar para transferir dinheiro por aí. E se quiser, pode não cadastrar chave nenhuma e deixar o banco só implorando pela informação.