Atualmente, devido à globalização e a um mercado composto por profissionais de gerações mais novas, as empresas passaram a investir na formação de líderes para uma boa gestão do ambiente de trabalho.
Tal postura é benéfica para o crescimento tanto dos colaboradores quanto da corporação, que tende a se desenvolver com mais confiança e qualidade.
No post de hoje, vamos falar sobre pipeline de liderança e como aplicar essa nova teoria na sua empresa para preparar novos líderes. Confira abaixo!
O que é pipeline de liderança?
Essa é uma expressão criada pelo consultor indiano Ram Charan, em conjunto com Stephen Drotter e James Noel. Juntos, eles escreveram o livro “Pipeline de liderança: o desenvolvimento de líderes como diferencial competitivo”.
A teoria se refere ao caminho que cada profissional percorre para desenvolver a sua liderança e ascender em todos os níveis organizacionais. Para isso, é necessário se basear em diferentes perfis, avaliar as potencialidades e focar nos melhores pontos para planejar uma trajetória vitoriosa.
Ou seja, essa abordagem foi criada para identificar os talentos, desenvolver habilidades e fomentar a liderança dos profissionais.
Como aplicá-lo dentro da empresa?
O nome da teoria foi inspirado no pipeline, um cano que se curva em seis pontos diferentes. Cada uma dessas curvaturas representa uma transição na carreira dos profissionais.
De acordo com Ram Charan, o futuro líder deve passar por diferentes níveis de liderança dentro de uma organização. Saiba quais são eles nos tópicos abaixo.
De gerenciar a si mesmo a gerenciar outros
A primeira fase diz respeito aos profissionais que produzem bons resultados e ao serem promovidos não mudam a sua mentalidade — ou seja, continuam desempenhando as tarefas da mesma maneira de antes. Esse é o momento em que o líder deve aprender a planejar, definir e delegar tarefas, motivar, orientar e mensurar o trabalho do colega.
A competência desenvolvida nessa fase é a de compreender que para ser gestor é necessário evoluir com os valores profissionais e se dedicar mais à gestão do que ao trabalho individual.
De gerenciar outros a gerenciar gestores
Aqui o profissional vai desenvolver as habilidades de gestão aprendendo a selecionar pessoas — inclusive para que elas também sejam líderes —, atribuir tarefas gerenciais, mensurar o progresso e orientá-las.
De gerenciar gestores a gestor funcional
Esse é o momento em que o profissional vai aprender a ser um gestor funcional e a gerenciar os líderes que estão na primeira e na segunda fase. Além disso, assumirá áreas que não estava anteriormente em sua trajetória e aprenderá a valorizar as atividades realizadas por outras pessoas.
Também vai precisar exercer a sua habilidade de comunicação, tanto com os líderes que estão nas fases iniciais quanto com os que já estão acima e apresentam outras necessidades. Isso é benéfico para ampliar a visão do negócio.
O líder na fase três precisa de um pensamento estratégico para a sua área de atuação. Ademais, tem que aprender a concorrer com outros gestores funcionais pelos recursos baseados nas necessidades da empresa.
De gestor funcional a gestor de negócios
Essa é a fase em que os líderes precisam começar a integrar as funções aprendidas anteriormente, portanto, é um momento designado à reflexão.
É aqui que os gestores aprenderão a analisar de maneira funcional os planos e propostas, além de equilibrar metas futuras e necessidades atuais para que os resultados sejam alcançados dentro dos prazos determinados.
O gestor de negócios precisa saber compreender e valorizar os gestores funcionais e outras pessoas de apoio, para que o desempenho seja alcançado de maneira plena.
De gestor de negócios a gestor de grupos
Nessa passagem, é necessário o aprimoramento de quatro habilidades:
- analisar a estratégia para alocação de capital e de pessoal;
- desenvolver gestores de negócios;
- aprender a enxergar a estratégia de portfólio, sabendo analisar questões como os negócios que devem ser acrescentados ou eliminados para aumentar o lucro da organização;
- avaliar as competências e os recursos de maneira concreta, a fim de tomar decisões acertadas.
Ou seja, esse é o momento de correr riscos, lidar com incertezas e aprender a ter satisfação com o sucesso do outro — além do próprio —, pois essa é a melhor forma de valorizar e motivar o trabalho da equipe.
De gestor de grupo a gestor corporativo
Quem chega à fase do gestor corporativo e se torna CEO deve ter consciência das mudanças de valores pelas quais passou durante a sua transição. É um momento de avaliar os princípios — mais que as habilidades — e perceber o crescimento de maneira proativa.
Essa passagem exige muita comunicação para que todos sejam inspirados, e não apenas os líderes. Além disso, é preciso manter uma equipe de subordinados ambiciosos e de alto nível de realização.
Por que o pipeline de liderança é importante?
Como dissemos, durante muitos anos as empresas não se preocupavam com a criação de uma liderança de qualidade e acreditavam que ser chefe era a mesma coisa que ser líder.
Atualmente, com as organizações buscando cada vez mais o bem-estar de seus funcionários, os modelos estão sendo alterados gradativamente e uma estrutura mais horizontal tem sido colocada em prática.
E é nesse cenário que o líder tem aparecido. Ele é uma pessoa inspiradora que busca tanto o crescimento profissional quanto pessoal da equipe. Trabalha em grupo, sabe delegar tarefas e atua perto de todo o seu grupo.
Um dos principais diferenciais da teoria desenvolvida por Ram é que o pipeline de liderança consiste em identificar e preparar os talentos dentro da própria empresa, em vez de trazer pessoas de fora, que não conhecem bem a cultura organizacional do negócio. Isso faz com que todo funcionário que tenha interesse em ser líder se esforce para ser escolhido, melhorando a produtividade da equipe.
As pessoas tendem a acreditar que ser líder é um dom e esquecem que tal característica pode ser aprendida, treinada e melhorada em prol de um objetivo maior. Mesmo que um indivíduo tenha facilidade em liderar um time, há sempre diversos pontos que podem ser otimizados e ajustados.
Gestores bem preparados trazem melhores resultados para as organizações, pois conseguem construir uma equipe alinhada e engajada, além de um ambiente de trabalho agradável.
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