Em busca de qualidade de vida, deslocamento lateral tem sido muito constante
“O executivo brasileiro está no seu limite”, afirma Rodrigo Vianna, diretor executivo da Talenses, consultoria especializada em recrutamento de média e alta gerência. Essa constatação se baseia em pesquisa realizada pela empresa que avaliou o nível de estresse de profissionais do alto escalão. O levantamento foi realizado com 115 diretores de grandes empresas (69%) sendo a maior parte do sexo masculino (84%).
Dos entrevistados, 78% dizem sentir-se expostos a situações de pressão na tomada de decisão frequentemente ou sempre. Essa é uma das causas para que 39% assuma estar estressado. Apesar desse cenário, 46% dos diretores nunca ou raramente possuem medo de fracassar. Realizar tarefas fora do escopo (58% frequentemente ou sempre), trabalhar além da carga horária prevista (62% frequentemente ou sempre) e deixar a família para resolver problemas de trabalho (30% frequentemente) são outros fatores que influenciam nesse estado.
“Nos últimos 10 anos tenho percebido uma movimentação lateral em cargos da alta gestão. Os executivos, motivados pela busca de uma qualidade de vida melhor, muitas vezes deixam de assumir uma posição mais alta na organização”, diz Vianna. Para 71% dos entrevistados a troca de empresa é vista como uma possibilidade, considerando o nível de estresse, e 62% deles não se imagina com a mesma rotina daqui 5 anos.
Para combater o estresse 79% dos executivos afirmam praticar atividades físicas, a maior parte (72%) de duas a quatro vezes por semana. Mais da metade dos entrevistados (55%) afirma que se medica com remédios controlados e apenas 38% se submetem a tratamentos com profissionais especializados.
Fonte: Administradores.com