Pesquisa da FGV mede satisfação dos paulistanos com a vida e a cidade

A FGV de São Paulo e a MyFunCity – rede social privada criada para discutir interesses públicos no Brasil recentemente premiada pela ONU (Organização das Nações Unidas) – divulgaram ontem os resultados de pesquisa  realizada em São Paulo que vai compor o Índice de Bem-Estar Brasil (Well Being Brazil Index-WBB).  O levantamento mede o bem-estar dos paulistanos em dez indicadores relacionados à vida privada e também em sociedade.

A primeira fase da do estudo foi realizada dos dias 10 a 30 de novembro do ano passado com 786 pessoas residentes na cidade de São Paulo, que responderam voluntariamente ao questionário desenvolvido para medir o índice no Brasil. Levados em consideração com relação a características como idade, sexo e nível socioeconômico, os entrevistados avaliaram sua satisfação com Meio Ambiente, Transporte e Mobilidade, Família, Redes de Relacionamento, Vida Profissional e Financeira, Educação, Poder Público, Saúde, Segurança e Consumo.

“É importante ressaltar que esta pesquisa, realizada em São Paulo, é inédita. É a primeira vez que uma pesquisa acadêmica mede a satisfação da população com relação à sua vida no Brasil, usando uma metodologia totalmente desenvolvida com extrema precisão e voltada exclusivamente para este país. Os resultados da capital paulista poderão apontar algumas tendências para o índice nacional”, explica o professor Fábio Gallo Garcia, da FGV, que coordena o estudo.

O índice diferencia-se de outros, por exemplo, voltados a questões macroeconômicas – como o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), bem como de indicadores surgidos no exterior para medir a felicidade. “A partir da adoção do WBB, espera-se, ao refletir o grau de bem-estar da população, construir políticas públicas e ainda oferecer condições de prospecção de oportunidades de negócios orientados à promoção do bem-estar”, continua Gallo, que destaca ainda que a proposta é o aumento do nível de conhecimento da satisfação das pessoas com a gestão pública, no que se refere às suas condições de vida.

Resultados

A pesquisa aponta que o paulistano considera a família o seu maior indicador de bem estar. Em segundo lugar, os cidadãos valorizam suas redes de relacionamento – a Família e as Redes de Relacionamento trazem mais bem estar aos paulistanos do que indicadores como Vida Profissional e Financeira, ou Consumo, por exemplo.  Já a maior insatisfação está no Poder Público e dentro deste indicador, o descontentamento é maior em relação ao Legislativo e Judiciário. Em segundo lugar na insatisfação vem o indicador Transporte e Mobilidade, principalmente no item “Tempo que passo no Trânsito”, seguido pela insatisfação com a Segurança, a Educação e a Saúde.

Os entrevistados se queixaram da qualidade do transporte público e do tempo gasto diariamente no trânsito – 31% dos participantes alegaram dispensar duas horas no trajeto de ida e volta do trabalho e/ou faculdade. No indicador Educação, o paulistano se mostra descontente com o nível das escolas públicas e considera as universidades privadas melhores do que as públicas, desejando também mais acesso às bibliotecas.

Em relação à Segurança, foi constatada alta relevância e baixa satisfação com o nível de violência na cidade, trabalho da polícia e controle das fronteiras do Brasil; no entanto, o trabalho do Corpo de Bombeiros é admirado. Em Saúde, os participantes apontaram baixa satisfação (e alta relevância) com a Rede Pública de Saúde e o seu Nível de Atividade Física: os paulistanos querem um serviço de saúde pública melhor, além de fazer mais exercícios.

E entre as dez variáveis de bem-estar que compõem o WBB, o Poder Público apresentou o pior desempenho em termos de satisfação com aspectos de elevada importância para o bem-estar das pessoas. Além de baixo desempenho global, o destaque negativo vai para o trabalho de vereadores, deputados, senadores e no funcionamento da Justiça.

Apesar disso, em relação ao resultado geral, 29,5% dos respondentes alegaram extrema satisfação com a sua vida atualmente e 56,2% alegaram extrema satisfação com suas expectativas de vida.

Fonte: FGV

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