Perfil do consumidor brasileiro nas mídias sociais
A onda de conectividade aponta o brasileiro imerso nesse ambiente tecnológico, trocando muitas vezes o lazer ou momentos de relações pessoais por horas e horas diante do computador, interagindo com pessoas, produtos e empresas. Analisaremos, a seguir, quais são os desejos do consumidor virtual e como ele age diante de situações de relacionamento com a empresa, relatando suas experiências de compra.
Pesquisas realizadas pela Socialnomics demonstram alguns números interessantes no mundo e no Brasil apontando fatos e dados nas redes sociais. São eles:
Número de anos para atingir 50 milhões de usuários:
- Rádio: 38 anos.
- TV: 13 anos.
- Internet: 4 anos.
- iPod: 3 anos.
- Facebook: Adicionou mais de 200 milhões de usuários em menos de 1 ano – atualmente atingiu 1 bilhão de usuários.
- Download de aplicações para iPod atingiu 1 bilhão em 9 meses.
- Se o Facebook fosse um país seria o 3º. Maior: 1º. China. – 2º. Índia – 3º. Facebook – 4º. EUA – 5º. Indonésia – 6º. Brasil – 7º. Paquistão – 8º. Bangladesh
Outros dados recentes foram publicados em vários sites especializados sobre o perfil do brasileiro nas redes sociais, os quais nos mostram o grande potencial da comunicação virtual que poderá favorecer ou não o valor intangível das marcas. Isso, com certeza, dependerá da forma como a organização esteja preparada para lidar com cada situação.
Uma pesquisa da comScore Inc. (2012) revela a intenção nas redes do perfil do brasileiro, conforme apresentamos a seguir:
- 90,8% dos internautas brasileiros acessam as redes sociais e gastam em média 4,9 horas mensais nesses sites;
- 60% dos internautas brasileiros se inscreveram em alguma rede social nos últimos 3 meses;
- 58,7% dos acessos às redes sociais são de mulheres – destaque para o e-commerce. Seus hábitos de compras refletem que duas a cada três falam das marcas que adquirem nas redes sociais, sendo na maioria das vezes para reclamar. O engajamento no Facebook se deve por curtirem páginas institucionais e no Twitter seguem o perfil de alguma marca;
- 56% usam smartphones e celulares para acessar a internet – tomada pela maioria dos usuários móveis são da classe C.
No geral, destacam-se algumas considerações sobre esta pesquisa, como:
1. Com certeza o Facebook segue forte na liderança e deve continuar por um longo tempo no topo do ranking entre as redes sociais.
2. O Google+ atua com diversas estratégias para cadastrar novos usuários, mas retém, como principal benefício, a sua utilização na área do SEO;
3. As mulheres são a maioria na web e este engajamento vai ditar várias tendências na social media em curto/médio prazo – como já temos o exemplo da ascensão fantástica da rede Pinterest impulsionada pelas roupas e pelas aficionadas em moda.
4. É necessário intensificar os investimentos na área, pois o Brasil não atingiu metade do seu potencial na web, tornando uma oportunidade de crescimento interessante.
5. A facilidade de aquisição de dispositivos móveis, proporcionada principalmente pelas operadoras, faz com que o brasileiro utilize em larga escala os aplicativos para acessar a internet e as redes sociais.
A análise desses dados e fatos nos remete à reflexão sobre uma nova perspectiva de comportamento de perfil do brasileiro. Hoje, levando em consideração a maioria de adeptos às redes sociais, que são os pertencentes à geração Y (nascidos na década de 90), observamos o aumento do consumo das formas de conectividade:
1) Smartphones – são utilizados por estes adeptos às novas tecnologias não somente por permanecerem conectados full time, mas também são atraídos pelos games, surgindo uma nova onda de consumo virtual.
2) Gamefication – proporciona aos internautas que joguem com seus adversários em tempo real em qualquer lugar do mundo, gerando mais emoção.
3) Cloundhunthers – empresas “antenadas” a essa tendência virtual e oferecem, nesses games, espaços publicitários para as empresas divulgarem suas marcas, passando uma mensagem subliminar para o jogador.
Fonte: Randes Enes, professor FGV
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