Coronavírus: Maiores prejudicados
O impacto do novo coronavírus tem causado problemas aos pequenos e médios empreendedores. Embora o cenário ainda seja incerto, os especialistas recomendam que os empresários já se preparem para as dificuldades que encontrarão nos próximos meses.
Neste momento de recesso, os proprietários de micro e pequenas empresas que possuem um baixo fluxo de caixa e que dependem da geração de receitas frequentes terão de se adaptar às mudanças e, como melhor alternativa, buscarem soluções.
Mas, como isso impacta o mercado como um todo? “Aumentando o índice de inadimplência, não pagamento de salário, renegociação de comissões e afins”, responde o professor da FGV, Roberto Kanter.
Alguns setores, como o de turismo e de entretenimento, já estão sentindo os efeitos da pandemia. As áreas de logística e seguros provavelmente também serão afetadas em breve.
A pressão para se evitar aglomerações tornou-se uma corda bamba para algumas empresas. Na Itália por exemplo, o varejo está completamente paralisado e a população não pode mais se locomover livremente.
Oportunidades de sobrevivência
A crise atual é um desafio, mas que por outro lado poder trazer novas oportunidades para alguns segmentos, como exemplo o serviço delivery, que atrai novos consumidores durante o período de isolamento e deve apresentar alta nos próximos dias de quarentena.
Outra estratégia é a venda solidária. Visando um apoio ao consumidor em tempos difíceis, empresas oferecem serviços com valores reduzidos nos meses iniciais, além da criação de materiais com interação 100% online.
Sem cravar previsões para uma possível melhora, os empreendedores devem seguir prontos para toda e qualquer forma de adaptação de seus produtos e serviços.
Cuidados especiais
Além disso, algumas áreas chamam maior atenção na hora da gestão da crise, como a cadeia de fornecedores e quadro de funcionários. A recomendação é que os empreendedores se atentem a alternativas para o suprimento de materiais e organizem planos de trabalho remoto.
Em relação aos funcionários, é importante ressaltar a responsabilidade da empresa em manter uma contingência caso um de seus colaboradores seja diagnosticado com o coronavírus. Informar-se com o plano de saúde sobre procedimentos, formas de apoio ao indivíduo infectado e de proteção ao resto da equipe são a melhor alternativa a princípio.
Sem novas despesas
Em razão das incerteza que se concentram no cenário brasileiro, é muito importante que a gestão de novas aquisições seja rigorosa. É o momento de olhar para dentro da operação e rever conceitos, processos e valores, afim de se aprimorar e extrair o máximo possível dos recursos já existentes na organização evitando desperdícios.
Estudo da pandemia
Basear-se no achismo não é uma opção muito válida. Mas quando lidamos com dados concretos, tomar decisões sem nos precipitar se torna mais fácil.
Exemplo disso são os primeiros países afetados pelo Covid-19, que atingiram o pico da epidemia em grande parte pela demora das ações preventivas e agora depois de muitas perdas estão estabilizando a disseminação através de medidas drásticas de isolamento social.
A preocupação não é só com o ambiente de trabalho, mas com a jornada toda do trabalhador, principalmente o deslocamento por transporte público, que é claramente uma aglomeração propícia à contaminação.
Informações do Ministério da Saúde sobre a pandemia de Coronavírus
Segundo o Ministério da Saúde, até a data de hoje (20/03/2020), às 12:39, o Brasil apresentava 621 casos confirmados de Covid-19 e 6 mortes confirmadas, sendo 4 em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro.
O Ministério também informa que já ocorre transmissão comunitária (quando não é identificada a origem da contaminação) nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, além dos estados de Pernambuco, São Paulo e Santa Catarina (região de Tubarão).
Informações da imprensa sobre a pandemia de Coronavírus
O Portal G1 da Globo, através da editoria do programa Bem-Estar, publicou hoje um estudo realizado por um Observatório com físicos das universidades:USP, Unicamp, Unesp, UnB, UFABC, Berkley (EUA) e Oldenburg (Alemanha), que mostra que o ritmo de contágio no Brasil está igual ao registrado na Itália e acelerando, dobrando o número de casos a cada 54 horas.