“Pantera Negra” ensina uma lição valiosa para empreendedores – Segundo o investidor e escritor Sean Wise, o sucesso do filme ajuda a explicar a “Estratégia do Oceano Azul”
“Pantera Negra”, da Marvel, é um sucesso inegável. Nesta semana, o longa se tornou uma das dez maiores bilheterias de todos os tempos. Mas muito além de ensinar como fazer um grande filme, o rei de Wakanda apresenta uma lição de negócios. É o que defende em um artigo para a revista Inc o investidor Sean Wise, autor de “Startup Opportunities: Know When to Quit Your Day Job”.
Segundo Wise, ao adotar uma fórmula comprovadamente de sucesso e aplicá-la a um mercado inexplorado, a obra ilustra elementos-chave da “Estratégia do Oceano Azul”. A tática se concentra em encontrar novos segmentos de clientes (o oceano azul) em vez de lutar com os concorrentes pelos clientes atuais (o oceano vermelho).
Wise lembra que a maioria das startups tem recursos restritos, o que limita sua capacidade de competir. “Quando você não pode competir, vá para onde os outros não estão indo. Examinar seu modelo de negócios atual e evoluir de acordo é exatamente o que ‘Pantera Negra’ fez.”
A maioria dos mercados é muito competitiva, aponta Wise. Diante disso, um empreendimento pode entrar em novos segmentos com produtos que já foram bem-sucedidos.
“‘Pantera Negra’ se encaixa nessa categoria: levou o enredo de filmes de ação para um novo mercado demográfico”, diz o investidor. “Se você deseja expandir para um novo segmento de clientes, lembre-se de começar vendendo o que já funcionou anteriormente com os clientes atuais. Use as histórias reais, de seus usuários atuais, para atrair o novo segmento de clientes.”
“Em resumo, se você está trazendo inovação para o mercado, concentre-se em vendê-la à sua base de clientes atual. Mas se a sua startup está se concentrando em um grupo de clientes novos, concentre-se em alavancar inovações que já se mostraram bem-sucedidas em outros mercados”, escreve.
Além disso, não faltam motivos para profissionais criativos assistirem ao filme. Há elementos originais em tudo que cerca a história. Os roteiristas de quadrinhos Christopher Priest, Ta-Nehisi Coates e Roxane Gay (o primeiro também músico, os outros dois escritores com livros publicados) contribuíram, nos últimos anos, para amadurecer e expandir a trama nos quadrinhos. O filme deve muito a eles. Apesar do formato consagrado (filme de super-heróis), o universo do “Pantera Negra” é uma inovação dentro da outra.
Fonte: Época Negócios