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ROBSON PANIAGO é administrador tecnológico & social e Patrick Santos Bull é aluno da Faculdade Max Planck |
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A inovação parece ser um tema difícil para definir, tanto do ponto de vista científico quanto do corrente. Há muitas definições aplicáveis na prática. O conceito é intuitivo, conhecido, está implícito, ou pelo menos assim se pensa. Inovação parece estar no rol das palavras difíceis de definir de uma só vez, como amor, saudade, cultura, educação, qualidade, sentimento, tecnologia, paz, justiça, talento e outras tantas. Aqui se perdem os dicionários…
Afinal, como definir inovação? Um matemático, seguindo a lógica da teoria do limite, poderia concluir que a inovação representa uma diferença. Uma diferenciação, portanto. O problema é que, na teoria do limite, a variável passa por variação em que o limite tende a zero ou infinito. Nesse caso, como fica o conceito de diferença?
Qual o limite que uma diferenciação deve ter para que o resultado represente uma inovação? A questão é pertinente, pois os efeitos da aplicação dessa mudança, que representa uma inovação, poderão ser muito diferentes na realidade do mercado, que depende significativamente da percepção e dos requisitos dos clientes e consumidores. Que limites diferenciam revitalização, renovação, variação, inovação?
Inovar requer ousadia e coragem, mas acima de tudo sabedoria. É preciso valorizar as experiências adquiridas no passado, perceber todas as nuances da realidade que o presente nos coloca e, finalmente, estar atento a mudanças e oportunidades que o futuro nos reserva.
A parte seguinte do problema parece ser tão ou mais difícil que a primeira: como efetuar a administração da inovação? As empresas consideram a gestão da inovação como o processo de descobrir, criar e implementar ou comercializar novas ideias, produtos, processos e serviços. As empresas bem sucedidas consideram inovação uma competência essencial para sua competitividade e crescimento.
A gestão da inovação sustentável objetiva vencer a concorrência, remunerando o investidor, envolvendo aspectos estratégicos e táticos relacionados com a gestão do capital intelectual, a concepção do modelo de negócio e a incorporação de aprimoramentos tecnológicos que permitam diferenciar produtos e serviços.
Qual o perfil de empresa ou organização adequados para isso? E o que dizer de seus funcionários e gestores? Que conhecimentos e formação deverão ter? Sucesso empresarial passou a depender das pessoas com competência em entender os habilitadores tecnológicos que moldarão o mercado (produtos e estilo de vida). A tecnologia tornou-se um fator de produção quase independente, capaz de determinar a competitividade em qualquer setor econômico. A tecnologia mais impactante do início do século 21 é, sem dúvida, a tecnologia de informação e comunicação.
ROBSON PANIAGO é administrador tecnológico & social
Fonte: Jornal de Jundiaí |