NASA: Lições de exploração espacial para o mundo dos negócios
National Aeronautics and Space Administration, popularmente conhecido por sua sigla NASA, e o logo que expõe estrelas em um plano azul, além de um traço vermelho simulando o lançamento de foguetes, é uma agência do governo federal dos Estados Unidos responsável pelas maiores descobertas acerca do espaço sideral.
Mas como podemos ligar esses grandes descobrimentos, ciência de ponta com o mundo corporativo? Primeiro, precisamos conhecer essa marca e seu trabalho – e aí, tudo vai ficar mais claro!
Um pouco de história
A NASA foi estabelecida em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, do Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica (do inglês: National Advisory Committee for Aeronautics — NACA).
Essa mudança, que além do nome trouxe um alto orçamento, visava competir com a União Soviética na chamada “corrida espacial”. Afinal, em 1957 a URSS havia posto em órbita o primeiro satélite artificial da história, o Sputnik.
A agência então nasceu com uma grande missão: preparar os Estados Unidos para disputar a liderança nessa “corrida”. Era necessário unir os melhores cientistas, os mais modernos laboratórios, usar sabiamente os recursos para realizar esse feito.
Começou ali um pequeno passo – sim, uma referência aqui – mas que indicava uma grande história de sucesso.
Entre seus feitos mais notórios está a primeira missão tripulada com retorno da Lua – o projeto Apollo, a utilização do telescópio espacial Hubble – responsável por diversas observações e constatações sobre as galáxias, o estabelecimento da estação espacial internacional – com apoio e suporte e outras federações, e agora mais recentemente o estabelecimento do telescópio espacial James Webb – que promete ser centenas de vezes melhor que o Hubble.
Além disso, mais de uma dezena de envio de satélites de estudos para outros planetas, e até fora de nosso sistema solar. A agência é um dos maiores tesouros dos Estados Unidos, e também é importantíssima para o desenvolvimento de novas tecnologias.

A NASA enquanto marca
Desde o início, a NASA carregava uma grande responsabilidade, tanto para o povo americano, quanto para o mundo. Por isso, foi necessário um estabelecimento de marca: trazer propriedade em tudo que trabalhavam.
Houve um grande investimento em propaganda, para que seus feitos ecoassem o mundo. Além de que foi sempre uma agência muito acessível, com seus representantes falando em jornais e mais recentemente com páginas próprias em diversas redes sociais, onde cientistas e líderes compartilham descobertas e projetos de maneira acessível.
Não bastava ter o know how, era necessário mostrar seus diferenciais para todo o mundo – de uma forma que a população no geral reconhecesse. Muito foi investido em infográficos, modelos, fotografias digitais, para que o grande público também entendesse uma fração do que a agência fazia.
Isso se traduz muito no ambiente corporativo: não basta ser diferente ou inovador, é necessário que o público te veja dessa forma.
Estudo de caso: a estação espacial internacional
Estação Espacial Internacional (EEI é um laboratório e alojamento completamente concluído, cuja montagem em órbita começou em 1998 e terminou oficialmente em 8 de julho de 2011 na missão STS-135, com o ônibus espacial Atlantis da NASA.
A estação encontra-se em uma órbita baixa de 408 x 418 km, que possibilita ser vista da Terra a olho nu, como um pontinho luminoso no céu, e viaja a uma velocidade média de 27 700 km/h, completando 15,70 órbitas por dia.
Esse foi um dos primeiros esforços envolvendo agências espaciais de diferentes países, primariamente Estados Unidos e Rússia. Além da colaboração de antigos inimigos na corrida espacial, a estação é fundamental para estudos no espaço, servindo de laboratório e fábrica enquanto em orbita.
Além de um caso claro de inimigos se tornando aliados pelo bem maior, vemos um case de juntar as melhores funções de cada um para a criação de um produto melhor servindo a todos. A estação também significa algo antes impossível, a manutenção da vida humana fora do planeta Terra.
O futuro, Marte e além.
Não é à toa que a palavra impossível parece não existir no dicionário da NASA. Entre seus próximos planos está a construção e manutenção de uma base tripulada em Marte, nosso planeta vizinho.
Esse sonho que permeou muito na ficção, trazendo filmes como “Perdido no Espaço” vem sendo o alvo de missões de estudos, investimento de capital do governo dos Estados Unidos e também de empresas privadas, como a SpaceX do bilionário Elon Musk.
Portanto, os ideais nascidos lá em 1958 continuam vivos e ativos ainda hoje – movimentando dinheiro, cientistas e entusiastas do estudo espacial.
Aplicando conceitos da NASA no mundo corporativo.
1 – Equipes especialistas.
Um ponto forte a respeito do desenvolvimento da agência espacial americana é o êxodo de cérebros. Esse fenômeno caracteriza o deslocamento de grandes mentes para centros de estudos mais avançados. O mesmo acontece no trabalho.
Grandes profissionais tendem a se mover para empresas onde possam contribuir em projetos maiores, onde tenham mais recursos para trabalhar, ou ainda equipes mais fortes. Para consolidar uma boa equipe é fundamental investir em treinamento e capacitação da liderança, além de fornecer equipamentos para que todos possam usar o máximo de suas habilidades.
2 – Impossível x Impossível agora.
Tudo que cerca grandes conglomerados de tecnologia tem que levar em consideração um planejamento de futuro. Isso significa que nem tudo que é impossível, seja de fato impossível. Em muitos casos o que temos como impossível, só não está dentro da nossa capacidade imediata.
Tanto a NASA, como outras grandes agências espaciais trabalham muito com o planejamento futuro. O pensamento é sempre o que eu posso fazer agora para que isso que é impossível, seja possível no futuro. Uma grande ideia sozinha não move o mercado, é necessário todo o planejamento e desenvolvimento para que ela seja viável.
3 – Compartilhe conhecimento.
Através de redes sociais, publicações em jornais a NASA solidificou sua marca e se tornou referência mundial para pesquisas, estudos e ciência. Portanto, trazer os resultados de forma que o público geral entenda é uma maneira interessante de marketing.
Para além do investimento em propaganda, o investimento em conteúdo que mostra o porquê sua empresa se destaca, o porquê tem propriedade em determinado assunto ou área.
4 – Cada um tem a sua força.
Cada indivíduo tem sua especialidade, aquilo que faz melhor. Falamos sobre a construção da Estação Espacial Internacional nesse texto, dela podemos extrair duas lições: funcionários, empresas e países, cada um tem a sua função, uma posição em que se encaixam melhor. E não duvide de seus sonhos, pode parecer impossível agora, mas construindo um plano sólido, de passo a passo você chega lá.