Não é preciso ser workaholic para crescer na carreira

Não é preciso ser workaholic para crescer na carreira

Conciliar carreira e vida pessoal é um desafio imposto pelo mundo moderno, ser workaholic. Com o desejo de ser bem-sucedida no trabalho, ter tempo para família e amigos e ainda momentos disponíveis só para você, a pergunta de muitas mulheres é: dá para ter tudo?

A resposta de Patrícia Ávila, vice-presidente da Burson-Marsteller, é: sim. E sem enlouquecer.

Com 30 anos de experiência em comunicação corporativa, Patrícia ocupa há cinco o cargo de liderança em uma das mais importantes empresas do setor no País. Formada em Letras pela USP, com pós-graduação em Comunicação pela ESPM, já trabalhou em diversas empresas, como McKinsey & Company, Booz & Co, Hospital Israelita Albert Einstein e Andreoli MS&L.

Patrícia também é casada e mãe. Em sua posição, ela tenta influenciar outras mulheres compartilhando sua experiência, expondo forças e fraquezas e mostrando que não é preciso abrir mão de nenhum setor da sua vida para ser uma pessoa bem-sucedida.

“Eu queria trabalhar, mas também queria ser mãe. O conceito de sucesso é muito pessoal. Empoderar não é dizer para as mulheres o que elas têm que fazer, mas mostrar que elas podem escolher”, defende.

Para ela, é possível ocupar diferentes espaços, sem deixar nenhum deles para trás: você pode trabalhar, ter família, filhos, diversão e algum tempo livre, mas é preciso definir e defender seus limites, o que nem sempre é fácil. “Não sou workaholic e nunca fui. Em alguns momentos eu poderia ter subido mais na carreira se tivesse cedido, mas ponderei o que queria”, completa.

Sua receita para alcançar esse equilíbrio tem três ingredientes:

1: Peça ajuda. Ninguém é capaz de fazer nada sozinha e não há problema em precisar do outro.

2: Organize-se e delegue tarefas. Cumpra suas atividades com esforço e organização, escolha em quais quer se envolver e divida as outras, confiando na capacidade das pessoas.

3: Não negocie sua vida pessoal. Explique que seu tempo não está 100% disponível para o trabalho, mas que dedicará toda a sua capacidade enquanto estiver lá. O que não pode é ter vergonha de colocar seus limites.

“Já fui perfeita em algo? Nada. Já teve dias que me achei uma péssima mãe e uma péssima profissional, mas juntando tudo isso dá uma pessoa até ok”, brinca a executiva.

Para Patrícia, seu sucesso pessoal começou com duas lições recebidas da mãe: não dependa de ninguém financeiramente e, principalmente, não se intimide por nada.

Mesmo com a confiança adquirida desde criança, ela convive com uma “voz interior”, que apelidou de “Carrasquinha” – propositalmente no diminutivo. Esse foi o nome que encontrou para explicar aquela influência interna que faz com que ela duvide das próprias capacidades – um mal conhecido por muitas de nós como Síndrome do Impostor.

“Será que eu vou dar conta?”, “Será que isso é para mim?”,  “Será que eu deveria estar usando essa roupa?”, “Será que eu deveria ter dito isso?”  – são alguns dos questionamentos que ela mesma se faz e que trabalham como uma forma de autossabotagem.

Ela explica ainda que quando não conseguimos lidar com a nossa  insegurança, deixamos de conquistar o que mereceríamos. “Essa voz te mina e te joga contra você. Aprendi a identificá-la ao longo do tempo e separá-la de mim. Isso me ajudou a superar a sua influência”, finaliza.

Dica de Patrícia Ávila: “Cale a sua ‘carrasquinha’, descubra o seu estilo de fazer as coisas, do que é capaz e não negocie o que é realmente importante para você: por nada.”

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