Namorar no ambiente de trabalho requer limites
Confira as dicas para não extrapolar as regras de conduta profissionais, de acordo com especialista IBE Conveniada FGV
Namorar um parceiro profissional, dentro da mesma empresa, requer uma atenção especial. Para alguns empregadores, o relacionamento entre os funcionários não é um problema, desde que os indivíduos saibam o momento certo de serem “casal” ou “colegas de trabalho”. Para outros gestores, é preferível optar por um par romântico fora do mesmo ambiente.
Mas até que ponto o namoro pode mesmo atrapalhar ou contribuir? Confira algumas dicas para saber conciliar o namoro sem atrapalhar o trabalho, ou o trabalho sem atrapalhar o namoro.
Não namore no seu tempo de trabalho
De acordo com o professor da IBE Conveniada FGV e especialista em gestão de pessoas, Sergio Miorin, namorar no trabalho não é um problema. Na verdade, o relacionamento deve ser visto como algo que pode acrescentar à empresa. No entanto, ele concorda que é preciso haver alguns limites. “No ambiente de trabalho há período para tudo. Hora de trabalhar é hora de trabalhar. Você deve equilibrar as coisas. Deve haver maturidade. Uma situação não pode interferir na outra. Se o namoro atrapalhar o desempenho do trabalho, passa a ser um problema”, alerta.
Trate o parceiro como um profissional comum e nunca o favoreça
Para Miorin, uma das melhores formas de manter o relacionamento saudável dentro da empresa e não causar constrangimentos aos superiores ou subordinados é tratar o par como se fosse apenas um colega de trabalho. “Não pode haver favorecimentos ou subordinação pessoal, pois isso gera um mal estar na equipe, extrapola a relação profissional e vira questão ética”, afirma.
Siga o código de conduta da empresa
Segundo o especialista, se a empresa permite o relacionamento é melhor que ele seja às claras e siga os preceitos da organização. “Não é preciso esconder de ninguém, mas também é necessário ficar atento aos limites estabelecidos e nunca desobedecer às regras”.
E se a empresa impedir?
O professor ressalta que o relacionamento é natural. A organização que não aceita isso corre o risco de perder o profissional, pois ele se sentirá insatisfeito e deixará o trabalho. Hoje, para a geração Y, a felicidade na vida pessoal é mais importante do que a carreira. No entanto, é preciso fazer muitas ressalvas para que os limites sejam, sempre, respeitados. “O principal ponto é a pessoa saber separar a vida profissional da pessoal. O relacionamento amoroso dentro do ambiente corporativo é sempre complexo, porque haverá cobrança tanto pelo lado profissional quanto pelo emocional. É difícil conciliar as duas situações”.
Seja claro
Para o especialista, o ponto chave para não ter problemas é a transparência e a boa comunicação, importante para equilibrar os dois lados e alavancar o romance e a carreira.