Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 2,4% na atividade econômica em julho

PIB

Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 2,4%, na atividade econômica em julho, em comparação a junho, e queda de 4,0% no trimestre móvel findo em julho, em comparação ao findo em abril. Na comparação interanual, a economia apresentou queda de 6,1% no mês e queda de 8,9% no trimestre findo em julho.

“A economia segue em trajetória de crescimento no mês de julho. Após ter em abril o seu pior momento econômico, reflexo da pandemia de Covid-19, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas. Apesar dessa melhora, o país segue com cenário de alta incerteza e com o nível de atividade em patamar ainda muito baixo e se recuperando muito lentamente”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

A economia cresceu 2,4% em julho, na comparação com junho, e apresentou queda de 6,1%, na comparação com julho de 2019. Na comparação interanual, houve queda em duas (indústria e serviços) das três grandes atividades (agropecuária, indústria e serviços). Já na comparação ajustada sazonalmente, houve crescimento das três. Pela ótica da demanda, o único componente a não apresentar retração na comparação interanual foi a exportação, e na comparação com ajuste sazonal, a exportação e a importação foram as únicas que apresentaram retração.

PIB: consumo das famílias

O consumo das famílias caiu 10,1% no trimestre móvel findo em julho, em comparação ao mesmo trimestre no ano anterior. Apesar de negativo, este resultado mostra tendência ascendente em relação a queda de 13,6% no 2º trimestre. Todos as categorias de consumo de bens apresentaram melhoras: com contribuições menos negativas do consumo de duráveis e de semiduráveis e crescimento de não duráveis (+0,6%). Em contrapartida, o consumo de serviços segue com forte retração no trimestre (-12,5%), e mesmo com resultado um pouco menos negativo foi a principal contribuição para a retração do total do consumo. As maiores quedas do consumo de serviços concentram-se em alojamento, alimentação e saúde privada.

Na análise mensal interanual, nota-se que, todas as categorias de consumo apresentaram taxas menos negativas e o único a ter taxa positiva em julho foi o de produtos não duráveis (3,5%). O consumo de produtos semiduráveis foi o que apresentou maior retração (-24,3%). O consumo de produtos duráveis apresentou retração de 2,6% e o consumo de serviços apresentou queda de 11,4%. Apesar de serem números baixos, são maiores do que os observados nos meses anteriores.

Formação bruta de capital fixo (FBCF)

A FBCF retraiu 7,8% no trimestre móvel findo em julho, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. A retração mais expressiva foi a de máquinas e equipamentos (-18,1%), que explica majoritariamente a retração deste componente. Embora a retração de máquinas e equipamentos seja resultado de quedas generalizadas do segmento, as retrações observadas nos automóveis, camionetas, caminhões e ônibus foram as principais responsáveis pelo forte recuo do componente.

Na comparação interanual observa-se que o componente de máquinas e equipamentos foi o único que apresentou retração (-8,1%). Apesar de ser uma taxa negativa, é o melhor resultado deste componente desde março.

Exportação

A exportação de bens e serviços cresceu 4,9% no trimestre móvel findo em julho, em comparação com o mesmo trimestre de 2019. Os principais destaques positivos que explicam esse crescimento foram os produtos agropecuários e da extrativa mineral com crescimentos de 33,3% e 20,0%, respectivamente. Entretanto, destacam-se também as fortes retrações da exportação de bens de capital (-34,4%), dos serviços (-20,9%).

No Gráfico 7 do Press Release., nota-se que o volume total exportado de bens e serviços cresceu em julho (7,9%). Resultado impulsionado pela exportação de produtos agropecuários, da extrativa mineral e pelos produtos industrializados. O setor de serviços apresentou queda de 31,4%.

Importação

A importação retraiu 20,0% no trimestre móvel findo em julho, comparativamente ao mesmo trimestre de 2019. As expressivas quedas de bens intermediários (-18,5%) e dos serviços (-37,3%) explicam grande parte desta retração, conforme apontado no Gráfico 8 do Press Release. O principal destaque na retração da importação dos serviços deve-se às viagens internacionais.

Conforme apresentado no Gráfico 9 do Press Release, apenas a importação de produtos agropecuários apresentou resultado positivo. Os demais produtos apresentaram taxas negativas, o que resultou na queda de 29,3% da importação no mês de julho.

O estudo completo está disponível no site.

São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior, e os valores nominais correntes e a preços de 1995. Uma metodologia detalhada está disponível aqui.

 

Acesse o Press Release

 

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