Minhas verdades…Suas verdades

MINHAS VERDADES… SUAS VERDADES…

30 de janeiro de 2015.

COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

Acredito ser o momento ideal para refletirmos sobre esse assunto:  nossas “verdades” (absolutas) e a dificuldade em aceitar ou conviver com as “verdades” (também absolutas) das outras pessoas.

Por que o ser humano discute, briga e até mata em nome de suas crenças? O que acontece para que seja tão complicado a relação humana ou, para que as diferentes formas de pensar sejam só diferenças e não incite no desejo de “eliminar” o outro?

Nosso cérebro armazena as informações (memória) que dão origem ao nosso padrão mental. Em outra palavras, recebemos as informações   necessárias ao nosso desenvolvimento e aprendemos (memorizando) a viver de acordo com a cultura, valores e conceitos estabelecidos em cada país, religião, família, escola, etc. São os padrões mentais.

É tão simples quanto necessário. O problema está na dificuldade em conviver com todos os diferentes padrões. Exemplos? O recente acontecimento na França, “Charlie Hebdo”. Independente das razões, é insana a maneira como se defende a própria ideia.

Mas, não precisamos ir tão longe e nem ser tão drástico (França, Irã, Afeganistão, Boko Haran). Aqui perto, em nosso país, nas organizações, temos alguns exemplos dessa situação.

Mais comum do que se imagina, os profissionais apresentam muita dificuldade em tirar o foco das suas verdades para entender o outro.

É na interpretação que faz da realidade, ou seja, sempre baseado na suas crenças. E parece não existir outra possibilidade, outra versão do acontecimento, que não a própria. Então, temos duas ou mais pessoas interpretando a mesma realidade com diversas conceitos, diversas “verdades absolutas”. Qual o resultado? Falta de foco, atraso na entrega, retrabalhos, intolerância, conflitos e um péssimo ambiente de trabalho.

O padrão mental vai existir, vamos pensar de maneiras diferentes, uma vez que fomos criados por famílias, religiões, culturas diversas.

Esse não é o problema. Mas a rigidez, a falta de abertura para aceitar e até entender os motivos do outros é que faz com que as relações sejam complicadas dificultando o sucesso profissional e os resultados numa organização.

O Quociente Espiritual quando valorizado nas empresas, tende a minimizar muito essa questão. Segundo Danah Zohar, física e filósofa, professora da Universidade de Oxford: “um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou Inteligência Intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou Inteligência Emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou Inteligência Espiritual.” – (trecho da entrevista que concedeu à revista Exame, durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da Internacional Federation of Training and Development Organization (IFTDO).

Para transformarmos esse cenário, que tal começarmos a investir nesse novo conceito? Não é utopia. Talvez possamos, mesmo a longo prazo, colaborar para reverter esse triste quadro de tantos conflitos e discórdias  por conta das “diferentes verdades absolutas de cada um de nós.”

Eline Rasera, psicóloga, coach e professora do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE Conveniada FGV.

Fonte: http://www.panoramadenegocios.com.br/2015/01/minhas-verdades-suas-verdades.html

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