Mentoria: compromisso e aceitação mútua

Mentoria : compromisso e aceitação mútua
 Rosa Perrella
Nesta semana, quero compartilhar sobre o processo de Mentoria, influenciada pelas reflexões de meus estudos no mestrado em educação, pautados pela professora Sylvia Vergana, doutora em educação e mestre em administração pela FGV.
Mentoria  é a ação de influenciar, aconselhar, ouvir, ajudar a clarificar ideias e a fazer escolhas, guiar.
O mentor é aquele que nos auxilia a aprender alguma coisa que nós, sozinhos poderíamos ter dificuldades.
As novas tecnologias têm provocado uma revolução no mundo dos negócios. As empresas de sucesso, privilegiam a interação entre os colaboradores, valorizando a troca de informações sobre experiências como forma de aprendizagem.
Diante dos novos desafios, a criatividade, a iniciativa e a rapidez de respostas, tornaram-se fundamentais, onde liderar não indica somente uma direção, mas promove o aperfeiçoamento contínuo das pessoas.
O termo mentoria – mentoring, tem origem na Antiguidade, mais precisamente na Grécia Antiga, onde mentor era a pessoa responsável pelo desenvolvimento físico, social, intelectual e espiritual dos jovens.
Sócrates, filósofo grego do século V, utilizava a maiêutica, processo que de fato significa educar – tirar de dentro, fazer aflorar as potencialidades, levar a reflexão. Sócrates influenciou Platão, que influenciou Aristóteles que influenciou Alexandre o grande guerreiro.
Inspirada em personagens históricos, o mentor, era aquele que transmitia informações sobre a sua experiência, aconselhando e protegendo.
A  partir dos anos 70,  a mentoria  começou a  ser apontada como um modo de desenvolver líderes e altas performances das pessoas.
Atualmente, as empresas utilizam a mentoria na preparação e no monitoramento de seus colaboradores, quando trabalhando com os veteranos, os iniciantes podem, sob sua orientação, exercitar-se complementando sua formação.
Mentoria é uma relação de apoio e suporte, onde uma pessoa mais experiente procura ajudar outra, no desenvolvimento da carreira.
A amizade entre o mentor e mentorado pode permanecer, mas a intensidade da relação dependerá dos dois.
Embora, indivíduos com mais idade sejam mais experientes, idade mais avançada não é condição para a existência de um mentor, pois, é possível articular vivência à experiência, ressaltando que a principal competência do mentor, é a disposição para compartilhar conhecimento.
A mentoria traz benefícios para o mentor, quando aprende com o relacionamento, expandindo e atualizando seus conhecimentos.
A motivação para o compartilhamento e a aquisição de conhecimentos exige que o mentor:
– desafie o mentorado a alcançar seu padrão de excelência;
– provoque, uma reflexão sobre os padrões empresariais desejados;
– comunique-se intensamente;
– aceite as possibilidades e os limites do mentorado, considerando que temos forças e fraquezas, é preciso investir nas forças;
– estimule o mentorado a sentir orgulhoso do que faz.
O ambiente empresarial tem socializado o conceito de mentoria com o termo coaching, originado da palavra inglesa coach, derivada de kocs, nome de uma cidade no noroeste da Hungria, onde se construíam carruagens e charretes. O termo usado como gíria de tutor, por associação com o verbo coach, que significa conduzir charrete.
Segundo Peter Senge, o termo coaching é também associado ao esporte, pois treinador é aquele que conduz os jogadores.
Portanto, existe uma diferença essencial entre coaching e técnico esportivo, onde a principal característica do coaching é ouvir, enquanto a do técnico é falar.
O coaching nas empresas, é um processo de desenvolvimento de pessoas, que envolve adequação e criação e novas habilidades bem como o desempenho de competências.
O coach se distingue do mentor porque tem uma intenção, associada às expectativas da empresa, de desenvolver a pessoa buscando  resultados de desempenho imediato.
O coach objetiva desenvolver competências, fazer as pessoas encontrarem sua própria maneira de melhorar, tornando-se responsáveis por seu desempenho na empresa.
O coaching busca libertar o potencial das pessoas de modo a que elas possam aprender.
Rosa Perrella é consultora em gestão de pessoa,  coach e mentoring organizacional, palestrante e professora nos cursos de Pós e MBA na FGV Campinas. Especialista em gestão de lideranças e desenvolvimento de equipes.  Mestranda em Educação, formada em Administração,  com  MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores pela IBE Conveniada FGV Campinas, além de Pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios, Psicologia Transpessoal, Marketing Empresarial, Gestão de Pessoas e Negociação Avançada.
Fonte: Panorama de Negócios

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