Maioria das Bolsas da Ásia fecha em baixa, com foco em covid-19

Bolsas da Ásia fecham em baixa

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, 13, à medida que a disseminação da covid-19 pelo mundo aparentemente passou a pesar mais que recentes notícias sobre o desenvolvimento de possíveis vacinas contra a doença.

Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,86%, a 3.310,10 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,22%, a 2.268,67.

Em Tóquio, o japonês Nikkei se desvalorizou 0,53%, a 25.385,87 pontos, e em Hong Kong, o Hang Seng teve perda marginal de 0,05%, a 26.156,86 pontos.

Investidores voltaram a focar o aumento de novos casos de coronavírus, principalmente nos EUA, mas também na Europa e em partes da Ásia.

Os EUA vêm registrando mais de 100 mil novas infecções diárias há nove dias seguidos. Lá, o recorde em 24 horas foi de 144 mil casos.

Nos primeiros dias da semana, houve maior apetite por risco na região asiática após novidades sobre o avanço de testes com candidatas à vacina contra a covid-19. Causou grande entusiasmo anúncio da Pfizer e BioNTech de que sua vacina tem eficácia superior a 90%.

Houve, porém, exceções positivas na Ásia nesta sexta. O sul-coreano Kospi avançou 0,74% em Seul, a 2.493,87 pontos, atingindo o maior nível em 30 meses, e o Taiex subiu 0,39% em Taiwan, a 13.273,33 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho nesta sexta, com queda de 0,20% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 6.405,20 pontos.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Demorou, mas chegou nesta quinta-feira (12) o choque de realidade no mercado mundial, que vinha passando por alguma euforia nos últimos dias. E o Ibovespa seguiu o bonde das baixas globais afundando.

O principal índice da bolsa brasileira caiu 2,20%, aos 102.507 pontos. Na semana, a alta acumulada foi reduzida para 1,57%.

  • Das 77 ações da carteira, 67 caíram. Ao todo, foram movimentados pela carteira teórica R$ 24,7 bilhões. Para conferir quem mais subiu e desceu, arraste este Saldo do Dia até o Placar do Ibovespa.

 

Enquanto os índices de bolsa entravam em rali, turbinados desde segunda-feira (9) pela vacina anunciada pela Pfizer, a covid-19 continuava a ganhar terreno entre as principais economias do mundo.

Nos Estados Unidos, mais um recorde de contágio em 24 horas entrou para a coleção. O estado de Nova York, onde fica a bolsa americana, anunciou restrições de funcionamento para bares, restaurantes e academias. Trata-se de tentativa de evitar a necessidade de decisões mais severas, de maior impacto à atividade econômica.

  • Os presidentes dos bancos centrais dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed), zona do euro (Banco Central Europeu, o BCE) e da Inglaterra (Banco da Inglaterra, o BoE) fizeram nesta quinta uma rara aparição conjunta. E eles ajudaram ainda mais a esfriar a empolgação de investidores dos últimos dias.

 

Jerome Powell, do Fed, disse que a chegada de uma vacina abre boas perspectivas, mas apenas de médio prazo. “Os próximos meses podem ser desafiadores”, disse. “Do nosso ponto de vista, é muito cedo para avaliar com alguma confiança.” Dada a nova onda da doença, portanto, novos obstáculos à recuperação americana – e dos demais países consequentemente – podem estar por vir.

Até aqui já foram feitas as maiores injeções de dinheiro da história, por parte das principais autoridade monetárias do mundo, e os gastos mais elevados em tão pouco tempo, por parte do governos. De acordo com Powell, ainda mais terá de ser feito para remediar a crise econômica global.

Christine Lagarde, do BCE, foi em linha semelhante. Fez questão de destacar que é cedo demais para comemorar ou, nas palavras dela, “ser exuberante em relação à vacina da covid-19”. Já Andrew Bailey, do BoE, mordeu e assoprou. Disse que a economia mundial ficará marcada mesmo após o fim da pandemia. Mas que nem tanto quanto alguns analistas têm apontado.

Fechamento das bolsas americanas, com queda aprofundada após os pronunciamentos:

  • Nasdaq: -0,65% (11.709 pontos)
  • S&P 500: -1,00% (3.537 pontos)
  • Dow Jones: -1,08% (29.080 pontos)

 

Serviram de ducha de água fria ao mercado também palavras do conselheiro da Casa Branca sobre a covid-19, Anthony Fauci. O mais respeitado infectologista dos Estados Unidos disse que, mesmo com a chegada de uma vacina, a covid-19 tem potencial para nunca ser erradicada. E reforçou que a população mundial não deve largar mão dos cuidados. Ao contrário, deve redobrar a atenção.

O caso europeu não inspira muita confiança de que as medidas brandas de isolamento que vêm sendo tomadas nos Estados Unidos terão efeito.

 

Tentativas semelhantes foram feitas até que, sem que a pandemia perdesse força, fosse inevitável a retomada de políticas drásticas de isolamento. E, até agora, há apenas sinais incipientes de retrocesso nas contágios. Mesmo antes de Fed, BCE e BoE se posicionarem, as bolsas europeias fecharam apontando para baixo. Números como o de mais mortes desde abril, na Itália, já bastavam para trazer apreensão.

  • Stoxx 600, que reúne os 600 papéis mais negociados na Europa, caiu 0,88%, aos 385,16 pontos.

Fim de linha nas principais bolsas europeias:

  • FTSE (Londres): -0,68% (6.338 pontos)
  • FTSE MIB (Milão): -0,83% (20.817 pontos)
  • Ibex 35 (Madri): -0,87% (7.726 pontos)
  • Dax (Frankfurt): -1,24% (13.052 pontos)
  • CAC (Paris): -1,52% (5.362 pontos)

 

No Oriente, as preocupações também derrubaram índices em sua maioria, mas não todos. Curiosamente, se salvou a bolsa do Japão, onde os números de contágios diários já se aproximam dos recordes registrados em julho.

Saldo do outro lado do mundo:

  • Nikkei (Tóquio): +0,68% (25.349 pontos)
  • SSE (Xangai): -0,11% (3.338 pontos)
  • Hang Seng (Hong Kong): -0,22% (26.169 pontos)
  • Kospi (Seul): -0,41% (2.475 pontos)
  • ASX 200 (Sidney): -0,49% (6.418 pontos)

 

No Brasil, onde se teme a chegada de uma nova onda de contágio sem nem mesmo termos abandonado direito a primeira, há ainda as preocupações fiscais.

 

Faz dois dias, o presidente Jair Bolsonaro já havia sinalizado que auxílios emergenciais poderiam voltar a ser pagos em caso de novas altas nos números de contágio pela covid-19. Nesta manhã, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a prorrogação dos pagamentos, nesse caso, não é uma possibilidade. É uma certeza.

Além disso, o ministro sinalizou para um novo programa de transferências para o ano que vem. A ideia, de acordo com ele, é ou turbinar o Bolsa Família ou criar o Renda Brasil. O programa havia sido rebatizado de Renda Cidadã, e foi apresentado em setembro, causando espanto no mercado. Na ocasião, foi proposto por Bolsonaro e Guedes coisas como dar calotes em precatórios para viabilizar o projeto.

Sobre a decisão final, inclusive em termos de custos, Guedes disse que sai depois das eleições e dependerá da política. Talvez por investidores não estarem confiando muito nela, essas sinalizações colaboraram para acirrar a busca por proteção na moeda americana.

O dólar comercial fechou em alta de 1,14%, aos R$ 5,4777. Na semana, a alta acumulada é de 1,59%.

 

A curva de juros futuros brasileira, sob mesma pressão, também deu uma empinada.

  • As taxas de contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) mais curtas, para janeiro de 2022, que refletem expectativas mais imediatas para a Selic, foi de 3,41% para 3,38%;
  • O fim da curva está mais ligado à intensidade do cheiro de calote do governo no ar e, consequentemente, à expectativa de juros condizentes com esse risco lá na frente. Taxas para janeiro de 2027 pulou de 7,48% para 7,54%.

 

Placar do Ibovespa

Destoou bastante das demais ações do Ibovespa o ritmo de alta da Taesa, na liderança com salto de 3,10%.

 

 

Nas baixas, para todos os gastos, ninguém esfarelou mais a paçoca do que as companhias aéreas, que no começo da semana decolaram na casa dos dois dígitos. Papéis da Gol caíram 5,92%; da Azul, 6,38%.

Fontes: Terra e Valor Investe

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