Apesar de terem mais diplomas universitários do que os homens — nas universidades brasileiras, por exemplo, 60% dos concluintes são mulheres —, a participação delas como figuras de liderança feminina ainda é muito baixa.
De acordo com a pesquisa Women in the Workplace 2017, desde o início da carreira, menos mulheres são contratadas. Em cada etapa seguinte, a representação das mulheres diminui — e as negras enfrentam uma queda ainda mais acentuada nos cargos mais altos. Como resultado, 1 em cada 5 líderes do nível alto executivo é uma mulher, e menos de 1 em 30 é uma mulher negra.
Mesmo que a desigualdade de gênero persista no mercado, em geral, algumas mulheres trilharam e ainda vêm traçando caminhos brilhantes no meio corporativo. Por isso, preparamos este artigo com 8 líderes femininas de sucesso para você se inspirar! Confira!
1. Ana Maria Diniz
Ana Maria Diniz é presidente do Instituto Península, com foco na formação de professores, e tem parcerias com o MEC, com as secretarias de Educação e com a ONU. Por dois anos seguidos, 2015 e 2016, a instituição recebeu o prêmio Top Educação na categoria de melhor instituto de ensino de pós-graduação para docentes.
Ana é fundadora e conselheira de diversos movimentos ligados à educação, como o Parceiros da Educação. O programa incentiva que empresários ajudem na gestão, no treinamento e no desenvolvimento de professores de escolas públicas, além de melhorar as instalações e a infraestrutura do local. Além disso, ela também atua em várias frentes da iniciativa privada.
2. Ana Lucia Vilella
Formada em pedagogia pela PUC-SP, Ana Lucia Vilella é herdeira da família que fundou o banco Itaú e uma das maiores acionistas da holding Itaúsa. Presidente do Instituto Alana, Ana Lucia criou a ONG em 1994, junto com o seu irmão.
O projeto atua em várias frentes com foco nas crianças. A função da instituição é mapear projetos inovadores, com grande impacto nas comunidades e voltados para a educação. Em 2006, desenvolveu e lançou o projeto Criança e Consumo, que combate o marketing direcionado para crianças.
3. Chieko Aoki
Graduada em Direito pela Universidade de São Paulo, fez cursos de administração em Tóquio e de administração hoteleira nos Estados Unidos. Ao longo de sua vida profissional, Chieko Aoki sempre representou a liderança feminina. A CEO trabalhou em altos cargos em algumas das maiores redes de hotéis do mundo antes de fundar a Blue Tree Hotels, em 1997.
Em 10 anos, Chieko transformou a Blue Tree Hotels em uma das maiores cadeias hoteleiras do país. Antenada, busca inovar e desenvolver estratégias para manter o crescimento e a receita da Blue Tree. Além disso, a executiva faz questão de acompanhar todo o trabalho de perto, mantendo os valores que aprendeu na cultura japonesa.
4. Cristina Junqueira
Cristina Junqueira é cofundadora do Nubank — a fintech que transformou a relação dos consumidores com o cartão de crédito. O reconhecimento veio pela não exigência de renda mínima e por ser uma experiência completamente digital.
A executiva é bacharel e mestre em engenharia de produção pela Escola Politécnica da USP, passou pelo Boston Consulting Group e foi para os Estados Unidos fazer um MBA. No Brasil, tornou-se a superintendente mais jovem do Itaú Unibanco antes de pedir demissão para trabalhar no produto disruptivo que pretendia criar.
5. Mia Stark
A israelense Mia Stark morou nos Estados Unidos por grande parte da sua vida antes de vir ao Brasil para assumir o cargo de CEO da Gazit — uma das maiores administradoras de shoppings do mundo.
Sob a direção de Mia, a Gazit Brasil construiu um portfólio privilegiado de ativos urbanos localizados principalmente em São Paulo. Sua ênfase na gestão proativa e prática continua a impulsionar os negócios da organização, concentrando-se no atendimento ao cliente de primeira classe, na atmosfera inovadora e nas tendências digitais que aprimoram ainda mais a experiência de milhões de visitantes nas propriedades da Gazit.
6. Fiamma Zarife
Antes de chegar ao Twitter e se tornar diretora-geral, Fiamma fez cursos de especialização na Singularity University, localizada na cidade-sede do Google. Sua carreira ganhou visibilidade a partir dos projetos de inovação que criou em empresas como Samsung, Oi e Claro, principalmente com o desenvolvimento de conteúdo em novas plataformas tecnológicas.
A figura de liderança feminina no Twitter mostra que, para aumentar o crescimento de uma empresa, é preciso igualdade e diversidade de gênero nos cargos superiores. Fiamma surgiu como a possibilidade de fortalecer as relações da marca e vem trabalhando para aumentar seu faturamento no Brasil.
7. Lara Brans
Lara Brans é formada em Economia pela Universidade de Roterdã, na Holanda. Sua carreira começou em 1992, quando foi consultora local da VODW Consultancy. Em 1998, começou a trabalhar na JDE, uma das líderes mundiais no segmento de cafés e chás.
Hoje, Lara é presidente da JDE Brasil e tem papel estratégico na empresa. Um dos seus maiores desafios atuais é aumentar o valor gasto com café no Brasil. Para isso, a empresa tem investido no modelo das cápsulas e feito alto investimento publicitário na área. A executiva comanda 1.600 funcionários e 3 fábricas, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia.
8. Rachel Maia
Rachel Maia pertence à baixa porcentagem de líderes femininas negras que atuam no mercado corporativo. De origem humilde e muito determinada, chegou ao maior cargo de uma empresa global no país, a Pandora.
A executiva é formada em ciências contábeis pela FMU e trabalhou por 7 anos na rede de lojas 7-Eleven. Ao sair da empresa, foi para o Canadá estudar inglês. Quando retornou para o Brasil, trabalhou na Novartis, grupo farmacêutico suíço. Depois, morou em Nova York, Miami e Chicago, onde cursou programas de aprimoramento de liderança.
Todo o seu investimento em estudos foi reconhecido e Rachel foi convidada a ser CFO da Tiffany, empresa norte-americana do ramo de joias. Em 2010, passou para CEO da Pandora, superando dificuldades e recuperando os números positivos. Sob sua direção, a marca cresceu de 2 para 98 lojas.
Exemplos de liderança feminina, estas mulheres uniram suas metas financeiras com suas capacidades de ampliar a relevância de suas companhias. Com isso, superaram crises e desvantagens, demonstrando verdadeira preocupação com causas sociais.
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