Liderança e o autodesenvolvimento
Rosa Perrella
Ao analisar estudos divulgados pela revista T&D Inteligência Corporativa, na coluna de Ken Blanchard, sobre o impacto dos líderes no desempenho e comprometimento dos colaboradores, podemos dizer que o comportamento dos líderes favorece o investimento emocional dos funcionários no trabalho, o que resulta na intenção dos mesmos em permanecerem na empresa e a recomendá-la como um bom lugar para se trabalhar.
A questão é: Por que mais empresas não investem no desenvolvimento de seus líderes?
Para muitas, esta questão não faz parte do DNA, dificultando o caminho dos líderes para seu autodesenvolvimento e o desenvolvimento das equipes.
Faz parte do trabalho de líder obter o treinamento que necessita para o desenvolvimento de habilidades de liderança, aprender para melhorar sempre, não importando quão boas já sejam.
Muitos líderes acham que já sabem tudo o que precisam, mas temos que continuar a “afiar o serrote”. Como diz Stephen Covey, há sempre coisas novas das quais os líderes precisam estar inteirados.
Para os líderes que entendem que precisam ter em mente que, para crescer precisam ter foco nos outros e não em si próprio, aí vão os passos, segundo artigo:
– Verificar como os outros o percebem e, assim, entender como está se saindo; começar a desenvolver um conhecimento sobre si mesmo, deste modo, poderá capitalizar seus pontos fortes e minimizar os fracos, gerenciando suas limitações. As avaliações 360 graus contribuem para analisar o impacto que causam nos outros por comparar sua autopercepção com a percepção das pessoas com quem convivem.
– Aprimorar a arte de construir relacionamentos quando você se aproxima das pessoas, elas se aproximam de você – quando destaca o positivo nas pessoas elas começam a destacar positivo em você e isto torna-se um circulo virtuoso.
– Focar nos resultados, nos quais líderes e colaboradores trabalham juntos para atingir os objetivos da empresa. A autopercepção e a construção de relacionamento contribuem para a conquista da confiança e da empatia, criando condições para liderar a energia da equipe.
O valor das pessoas aumenta na proporção em que estão dispostas a aprender coisas novas. A equipe precisa entender que o líder é o parceiro do progresso delas. O começo de uma boa liderança começa pela gestão de si, obtendo maior conhecimento de si mesmo, que se expande com o melhor conhecimento dos outros, para atingirem objetivos comuns.
Rosa Perrella é consultora em gestão de pessoas, coaching e mentoring organizacional, palestrante e professora nos cursos de Pós Graduação na IBE FGV Campinas. Especialista em gestão de lideranças e desenvolvimento de equipes. Mestranda em Educação, formada em Administração, com MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores pela IBE Conveniada FGV Campinas, além de Pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios, Psicologia Transpessoal, Marketing Empresarial, Gestão de Pessoas e Negociação Avançada.
Fonte: Panorama de Negócios