Líder deve favorecer o aprendizado da equipe

Líder deve favorecer o aprendizado da equipe.

Talento para lidar com pessoas, disposição para encarar a complexidade e espírito de equipe são as competências comportamentais essenciais para quem almeja um cargo de gestão no século 21. Como a velocidade com que a informação chega às novas gerações ultrapassou a metodologia empregada por nossos pais e avós nas décadas anteriores, a especialista em desenvolvimento organizacional da IBE-FGV, Rita Ritz, afirma que essa transformação moldou um novo padrão de liderança: o líder servidor. Ela define que uma das características do líder contemporâneo é ser um facilitador na busca e implementação de soluções. “É a pessoa que favorece o aprendizado da equipe, que estimula a troca de ideias entre os liderados, que reconhece um bom profissional, que atua de maneira a afinar as relações dentro da equipe. É a pessoa que, no limite, estimula o crescimento dos subordinados e investe na maturidade e autonomia da equipe”, define. No entanto, ela observa que, em geral, os líderes não atuam desta maneira por insegurança, por receio de deixar de ser identificado como o líder sabe tudo ou que alguém na equipe possa tomar o seu lugar. “Esta insegurança deve ser administrada pois ninguém sabe tudo o tempo todo e, achar que isto pode ser possível faz com que o líder se torne uma pessoa estressada, desconfiada e temerosa”, alerta. Postura – Para Rita, o líder deve entender que vai exercer a melhor liderança aquele que se cercar de pessoas que tenham conhecimentos complementares e que provoque a troca de conhecimentos entre as pessoas. “Mais ainda, sabendo que atualmente o conhecimento fica obsoleto muito rapidamente, o líder contemporâneo deve estimular o aprendizado de sua equipe de trabalho, implantar um ambiente favorável ao aprendizado. Isto implica em saber lidar com o erro, ou seja, passar a ver o erro como uma possibilidade na busca do novo”, analisa. Na visão de Rita, o que difere um bom líder é sua capacidade de estabelecer vínculos favoráveis, de estabelecer relações profícuas com os envolvidos nas relações de trabalho. “As competências técnicas, por pressuposto, devem estar bem resolvidas e ser de domínio do profissional. O esforço a ser empreendido é no sentido de desenvolver ou aprimorar os comportamentos que serão determinantes para o exercício da liderança”, observa. Questionada sobre quais atitudes são imperdoáveis em um gestor, ela destaca que o líder hoje é mais eficaz agindo pelo exemplo. Portanto a especialista exemplifica que se um líder deseja um comportamento de seus liderados, primeiro ele tem que demonstrar este comportamento para depois exigir do grupo. “Um líder que fala uma coisa e faz outra, perde a confiança e o respeito de seus liderados. E confiança e respeito são construções de médio e longo prazo e que, uma vez perdidos, leva tempo para ser reconstruído”. Como criar as habilidades? – As habilidades comportamentais não são aprendidas da noite para o dia, ou seja, comportamento é algo que vai sendo formado durante a vida e com a experiência. Rita destaca que comportamentos como compartilhamento, empatia, flexibilidade, capacidade de ouvir e ser ouvido, são importantes no exercício da liderança e que são construídos de maneira muito gradativa. No entanto, ela ressalta que isto não significa que se a pessoa não tem estes comportamentos ela deva desistir de tentar algum cargo de gestão mesmo porque algumas condutas podem ser desenvolvidas, mas a pessoa tem que querer, tem que estar sensibilizada para isto. “E, mais ainda, se a pessoa quiser, isto é um trabalho árduo, de médio a longo prazo. É preciso   tempo para que o profissional aprenda e exercite novas atitudes e de tempo para que os outros percebam esta mudança. Portanto é preciso arregaçar as mangas e ser muito determinado para isto, tem que ter foco e motivação para empreender mudança comportamental”. Desafios – Motivar o colaborador, identificar e reter um profissional com talento essencial para a empresa e aprender a lidar com as diferenças em um mesmo ambiente estão entre os principais desafios enfrentados atualmente pelos gestores. Para Rita, as pessoas precisam ser motivadas no dia a dia de trabalho. “É preciso saber o que as motiva e, na medida do possível, ir ao encontro desta motivação”. Sobre as diferenças no ambiente de trabalho ela diz que sempre existiram e sempre existirão porque as pessoas são diferentes e são motivadas de maneiras diferentes. Ela afirma que é papel do líder se aproximar dos liderados e identificar o que os motiva e estimular esta motivação. “O risco é achar que se pode motivar todos da mesma maneira, com as mesmas possibilidades e ferramentas. Pensar desta forma pode fazer com que as empresas invistam em políticas motivacionais ineficientes”. Ela aponta que as práticas motivacionais devem estar alinhadas às expectativas das pessoas para gerar bons resultados. “Do contrário poderá desperdiçar recursos (financeiros, tempo etc) e ainda provocar efeito contrário, ou seja, desmotivar as pessoas”.

Fonte: Rita Ritz escreve artigo para o Jornal de Jundiaí

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