Inadimplência entre jovens geração Y já atinge 30% em Rio Claro

Inadimplência entre jovens geração Y já atinge 30% em Rio Claro

 

Nem mesmo todo o engajamento tecnológico tem livrado os jovens da geração Y de um problema que atinge pessoas de todas as idades, a inadimplência. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito, organizado pela Associação Comercial e Industrial de Rio Claro, apontam que 33% dos cadastros pertencem a jovens entre 18 e 30 anos. O estudo mostra ainda que, dos 7334 nomes inscritos, 58% pertencem a pessoas do sexo masculino, contra 42% de mulheres inadimplentes. “Essa é uma geração diferente, muito mais tecnológica, mais ambiciosa e que se sujeitam pouco às tarefas mais tradicionais, o que indicaria uma mudança de comportamento, inclusive financeira, mas não é o que estamos vendo na prática”, aponta Clóvis Delboni, gerente administrativo da ACIRC.

Os números já começam a preocupar o mercado varejista. Para alguns, o sistema educacional poderia ajudar a minimizar a questão. “A matemática ainda é muito tradicional nos colégios. Se as escolas usassem a educação financeira como meio para ensinar matemática teríamos dois grandes avanços, o primeiro de tornar mais real o aprendizado e o segundo, de começar desde muito cedo a ensinar a importância de ter critérios na hora de gastar o dinheiro que recebe”, aponta o comerciante Sidney Izzi.

Para o professor da IBE Conveniada FGV, Marcos Vilella, a educação é um fator importante na formação de consumidores mais conscientes. “Tudo pode se aprendido, inclusive, educação financeira e quanto mais cedo, melhor”, diz ele. Para Vilella, grande parte dos jovens que chega ao mercado de trabalho está despreparada tanto para o exercício da função, quanto para todo o resto, inclusive sobre o que fazer e como gastar o salário. “Não há conhecimento acerca de investimento, cálculo de taxas e juros, nada. Eles continuam fazendo compras às cegas como as gerações anteriores”, alerta.

Alvo de estudos em todo o mundo, a geração Y é conhecida por crescer numa época de grandes avanços tecnológicos e desenvolvimento econômico. Estimulados por atividades e ação, são capazes de realizar tarefas múltiplas e estão em constante busca de desafio profissional, o que acaba gerando contratos mais curtos de trabalho.

Além do fator educacional, a família deveria ser outro estímulo para melhor utilização do dinheiro por parte dos jovens. Em alguns casos, a inadimplência é um vício que se perpetua entre as gerações. “Temos exemplos de renegociação, em que pais e filhos estão inadimplentes”, diz Delboni. Embora o mercado não aponte uma solução a curto prazo, profissionais da área educacional apontam que o aprendizado é a única maneira de formar cidadãos mais conscientes dos seus direitos e deveres.

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