O Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira (17) acompanhando o desempenho positivo dos futuros dos índices acionários dos Estados Unidos. No radar, os investidores seguem otimistas com a recuperação econômica de países que flexibilizaram suas quarentenas, principalmente os EUA, que ontem divulgaram um crescimento de 17,7% nas vendas no varejo em maio.
Entre os indicadores locais, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o volume de serviços no Brasil caiu 11,7% em abril frente a março. Este é o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica (janeiro de 2011). Trata-se também da terceira taxa negativa seguida, com acúmulo de perda de 18,7% neste período.
Contudo, o evento que mais provoca a ansiedade do mercado hoje no Brasil é a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano. Economistas dizem que é importante ler com atenção o comunicado depois da reunião, pois ele pode deixar a porta entreaberta ou fechada para novas reduções da taxa básica de juros.
Às 10h10 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha alta de 0,72% a 94.201 pontos.
Já o dólar comercial sobe 0,29% a R$ 5,246 na compra e a R$ 5,248 na venda. O dólar futuro para julho opera em leve alta de 0,04% a R$ 5,25.
No mercado de juros futuros, DI para janeiro de 2022 fica estável a 3,09%, o DI para janeiro de 2023 opera estável a 4,17% e o DI para janeiro de 2025 recua um ponto-base a 5,76%.
Já na seara política, o presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom após a Polícia Federal realizar uma operação que atingiu alguns de seus aliados políticos. Na noite de terça-feira, em suas redes sociais, o presidente afirmou que não iria “assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas”.
Hoje, os EUA frustraram o Brasil e decidiram anunciar candidato próprio para disputar a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), hoje ocupada pelo colombiano Luis Alberto Moreno. Os EUA anunciaram a intenção de nomear Mauricio Claver-Carone para o posto.
Até ontem, o Ministério da Economia acreditava que teria o apoio do governo Trump no pleito e conseguiria emplacar um nome do País para a presidência da instituição.
Fonte: Infomoney