Pense a gestão estratégica de pessoas por uma nova abordagem integrativa, afinal, integração é a palavra-chave nos dias atuais dentro do escopo das neurociências. O termo convida a pensar sobre a necessidade de se unir todas as partes constituintes do cérebro de modo a tirar maior proveito do trabalho conjunto que tais unidades podem realizar.
Assim como uma estância empresarial, o cérebro possui diferentes partes exercendo funções diversas. O lado esquerdo auxilia no pensamento lógico e na organização dos pensamentos. O lado direito cuida das emoções e na leitura de sinais não verbais. Há o “cérebro reptiliano” especializado no agir instintivo e na tomada de decisões imediatas essenciais à manutenção da vida.
Ainda, seguindo essa estruturação indicada pelas neurociências contemporâneas, tem a parte identificada como “cérebro mamífero” que conduz o indivíduo em direção a conexões e relacionamentos. Uma outra porção dedica-se à memória. Há além dessas áreas aquela que cuida das decisões morais e éticas.
Essas múltiplas funções, espécies de “personalidades” cerebrais – racionais, irracionais ponderadas, reativas etc. – são acionadas quando necessárias e o segredo da prosperidade do sujeito enquanto um ser complexo e pleno na realização das suas potencialidades, afirmam especialistas, é integrar as regiões cerebrais de modo que possam trabalhar de maneira coordenada e equilibrada, ou seja, em sinergia.
Muito embora para muitos leitores esse contexto proposto pelas neurociências não pareça se coadunar com outras áreas da realidade, menos ainda com aquelas vinculadas ao escopo mercadológico, a realidade aponta o contrário dessa percepção.
A verdade indica que é consenso entre estudiosos do tema que o conceito de integração vem a calhar perfeitamente com os entremeios das problemáticas referentes à gestão estratégica de negócios (a qual engloba muitos componentes que precisam operar perfeitamente tanto individual quanto sinergicamente) e ainda mais particularmente à gestão estratégica de pessoas (que lida diretamente com o time de profissionais: ativo fundamental de qualquer negócio) tendo-se em mente que a saúde e crescimento das organizações dependem em ampla medida da potência da interação e integração entre os diversos setores e profissionais que as compõem.
Compreender como o cérebro funciona e como você pode se beneficiar de insights e ações obtidos por meio de estímulos apropriados fornecidos aos profissionais disponíveis e ser capaz de coaduná-los a estratégias que visam atingir resultados organizacionais excelentes e lucrativos a partir de atuações integradas também entre as áreas que compõem um empreendimento é salutar e imprescindível, principalmente na era da Web 3.0 quando modificações radicais estão sendo anunciadas.
Notadamente, a gestão estratégica de pessoas constitui-se como elemento-chave no planejamento a longo prazo. Muito embora se estruture como uma abordagem vinculada à área de Recursos Humanos e lideranças não se restringe apenas à essas áreas do conhecimento, uma vez que tem por meta examinar e delimitar ações necessárias ao treinamento e desenvolvimento de colaboradores com o intuito de se atingir melhores resultados individuais e institucionais em múltiplos ambientes e campos de atuação.
Por sua aplicabilidade ampla, esse campo do saber se mostra proeminente. Isso porque investir em capital humano excelente, alinhado aos objetivos, visão e missão institucionais, possibilita o cumprimento de metas organizacionais cada vez mais arrojadas.
Logo, bem realizada, a gestão estratégica de pessoas oportuniza não apenas o crescimento profissional individual quanto o empresarial, além de agregar vantagens competitivas e fortalecer a cultura da corporação.
A importância da gestão estratégica de pessoas
Submersos num mundo em constante transformação, que impulsiona modificações também ao nível empresarial, nunca foi tão necessária como agora saber equiparar as demandas táticas organizacionais com o desenvolvimento dos colaboradores, minimizando conflitos de modo a assegurar tanto o crescimento dos profissionais quanto o aumento da produtividade e da performance global da empresa.
Essa relevância se justifica ainda porque a gestão estratégica de pessoas envolve todo o ciclo de vida do profissional dentro de uma organização: perpassa pelo recrutamento e seleção, pela saúde ocupacional, pelo departamento pessoal, pela comunicação institucional interna indo até o desligamento do colaborador (seja por aposentadoria ou demissão).
Toda atividade promovida por essa área do saber estrategista visa atingir perfis adequados, conhecimentos práticos e teóricos refinados além de excelência nas habilidades interpessoais de modo a alinhar competência profissional aos objetivos empresariais maximizando resultados com a pretensão de promover sustentabilidade e proeminência da organização no seu campo de atuação mercadológica.
Logo, o profissional ou equipe de profissionais por detrás da gestão estratégica de pessoas precisa ter uma formação exemplar capaz de unificar os distintos perfis e setores que compõem o todo da corporação criando um ambiente integrado e colaborativo permanente, direcionado ao atendimento das necessidades tanto da instituição quanto das pessoas dela constituintes.
A meta é que todos, horizontal e verticalmente, exerçam suas funções individuais da melhor maneira possível, sendo capazes de combinar suas expertises distintas num todo harmônico impossível de ser edificado por um único indivíduo ou setor.
Por essa razão, mostra-se essencial ao gestor exemplar saber impulsionar o engajamento, assim como a retenção e promoção de competências que reflitam valores e ambições da instituição, mediante a gestão eficiente de desempenho da equipe: ação que oportuniza a detecção de problemas, bem como a implementação de ajustes e melhorias constantes.
Para que essa finalidade seja alcançada, é salutar a instauração de uma comunicação bilateral sem ruídos de modo que todos compreendam a mensagem sem interferências, minimizando ao máximo leituras distorcidas do desejado.
Para se atingir esse objetivo integrativo, um gestor perspicaz precisa também acompanhar as mudanças mercadológicas e incorporar ferramentas adequadas à otimização dos processos corporativos. Ser plástico e moldável são características cerebrais e empresariais que um líder estrategista precisa ter ciência e saber deles extrair o melhor dos resultados possíveis, originando inéditas conexões e reprogramações em atendimento à realidade mutante na qual se vive e trabalha.
Entretanto, para ser capaz de atuar com assertividade é igualmente indispensável que o gestor apresente uma base conceitual sólida para ser aplicada em diversas situações e desafios. Em similar medida, mostra-se inevitável desenvolver competências comunicacionais interpessoais e corporativas de modo a favorecer o clima institucional.
Mas, ter conhecimento e experiência aprofundados em desenvolvimento pessoal, legislação trabalhista, indicadores de desempenho, treinamento e gestão de cargos e salários desconectados dos aspectos múltiplos que envolvem a formação e desenvolvimento dos colaboradores, focando apenas no elemento racional em desconsideração dos fatores emocionais pode ser um caminho pouco produtivo.
Ter em mente e aplicar os princípios integrativos discutidos parece, na atualidade, ser o percurso mais satisfatório a ser percorrido.