MERCADO DE TRABALHO
Felicidade na carreira está ligada a “decisões conscientes”, afirma especialista em RH
Análise é da diretora estratégica de RH da CPFL, Silvia Zwi
O problema geralmente está exatamente no momento da decisão. Afinal, sua escolha profissional foi feita conscientemente ou você foi levado a estar onde está? A maior parte dos profissionais, muitas vezes, ocupa o lugar em que estão por seguirem um instinto: o da sobrevivência. Partindo deste principio, como saber se será feliz em sua carreira?
É importantíssimo entender que carreira é muito menos o lugar em que se está, mas tem muito mais a ver com sua trajetória profissional. E essa é a ideia que a diretora estratégica de RH da CPFL, Silvia Zwi, defendeu em palestra na IBE Conveniada FGV sobre o tema ‘Gestão de Carreira’. “O tipo de trajetória que traçamos em nossa carreira é exatamente o que nos identifica como um profissional realizado ou não”, diz a especialista. “Uma carreira boa é aquela feita de decisões conscientes”, completa.
“Alguém que tem um filho, toma suas decisões priorizando a família. Morte em família pode impulsionar outras perspectivas de vida, assim como separações, doenças, etc. O método pessoal de tomada de decisão é que lhe legitima e lhe permite reorientar percurso profissional”.
Muitas vezes, a pessoa que precisa abrir mão de uma ou outra escolha profissional em prol da família, por exemplo, acha que perdeu uma oportunidade e trata a escolha como demérito. Mas não é necessariamente verdade. Na realidade, essas escolhas podem oferecer oportunidades de qualificação e te tornar mais consistente da sua realidade.
Analisar e estar antenado, perceber movimentos, saber interpretar e usar movimentos a seu favor, fazendo interpretações dos sinais dados pelo ambiente em que vive e das pessoas que o compõem por meio de um raciocínio lógico adquirido, faz parte do processo de entender seu contexto externo. “Analise sua própria área e entenda no que pode ajudar. Isso fará com que sua carreira se diferencie de uma ‘casca de noz’ e seja um ‘barco’”.
Discipline-se a parar, observar e conectar fatos dados do ambiente ao seu redor e das pessoas.
É tudo aquilo que te move para a ação e orienta nas decisões. Geralmente, os motivadores de carreira mudam conforme contexto. “Caso eu tenha filhos, o motivador pode ser dinheiro. Em outro momento, pode ser a estabilidade”.
Também entram nessa análise dinheiro, segurança, aprendizado, aprovação social, auto realização, etc.
Aqui, tratamos os motivos e valores dos quais não estamos dispostos a abrir mão. “Você pode abrir mão de um valor ou princípio temporariamente, mas volta às raízes. Se identificarmos aquilo que nos rege, podemos nortear as escolhas e evitar insatisfações”.