Faturamento da micro e pequenas empresas cresce 0,3%

Faturamento da micro e pequenas empresas cresce 0,3%

Baixo nível de crescimento da economia, inflação relativamente elevada e piora nas condições de crédito e na confiança do consumidor. Esse cenário fez com que o faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas crescesse apenas 0,3% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2013. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o desempenho das MPEs também não foi expressivo, com variação negativa de 0,2% na receita real comparado a igual período de 2013. No resultado já está descontada a inflação. Os dados são da pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP.

A receita total do universo das MPEs do Estado foi de R$ 53,3 bilhões, R$ 169,6 milhões a mais do que em outubro do ano passado e R$ 1,6 bilhão superior ao registrado em setembro de 2014.

O setor de serviços apresentou desempenho positivo, com aumento de 9,9% no faturamento em outubro em relação a igual mês de 2013. No mesmo período, o comércio teve queda de 5,2% e a indústria recuo de 2,8%. Os serviços foram beneficiados pelo segmento de transportes e armazenagem, que no ano passado registrou resultados fracos, favorecendo o aumento mais significativo em 2014.

A Região Metropolitana de São Paulo se destacou entre as demais regiões do Estado, em outubro, ao apresentar crescimento de 6,6% em relação ao mesmo mês de 2013. Esse desempenho positivo está relacionado ao setor de serviços que tem participação expressiva na região. Por outro lado, o faturamento das MPEs do interior caiu 6%, o do Grande ABC recuou 3,6% e o do município de São Paulo sofreu queda de 1,7%. “O fraco desempenho da economia ao longo deste ano tem sido um grande problema para as micro e pequenas empresas. O mercado interno é o principal consumidor de seus produtos e como a conjuntura não é boa, o reflexo aparece no faturamento dos negócios de pequeno porte”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. “Com o pagamento do 13º salário e as vendas de Natal é possível haver alguma melhora na situação das MPEs”, completa Caetano.

De janeiro a outubro, houve aumento de 0,7% no total de pessoal ocupado  envolvendo sócios-proprietários, familiares, empregados e terceirizados nas MPEs do Estado. Em igual período, o rendimento real dos empregados ficou praticamente estável, com variação positiva de apenas 0,1% já descontada a inflação e a folha de salários paga pelas MPEs paulistas aumentou 2,1%.

A pesquisa do Sebrae-SP também levantou as expectativas dos donos de micro e pequenas empresas para os próximos seis meses. Em novembro, 55% dos entrevistados disseram esperar estabilidade no faturamento do seu negócio. No mesmo mês de 2013, essa era a expectativa de 50%. No que diz respeito à economia brasileira, 49% deles acreditam na manutenção no nível de atividade; um ano atrás, esse grupo era 54%. Mas os que falam em piora agora são mais numerosos: 26% ante 10% em novembro de 2013. “Não veremos este ano resultados expressivos por parte das micro e pequenas empresas. A economia brasileira não está ajudando, há muita incerteza nesse campo, a inflação está em patamar alto, houve uma piora na confiança dos empresários, dos consumidores e das condições de crédito, fatores que prejudicaram o desempenho dos empreendimentos pequenos”, explica o coordenador de pesquisas do Sebrae-SP, Marcelo Moreira.

A pesquisa Indicadores Sebrae-SP é realizada mensalmente, com apoio da Fundação Seade. São entrevistados 2.716 proprietários de MPEs do Estado de São Paulo por mês. No levantamento, as MPEs são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os dados reais apresentados foram deflacionados pelo INPC-IBGE.

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