Educação executiva segue na contramão da crise
EDUCAÇÃO EXECUTIVA SEGUE NA CONTRAMÃO DA CRISE
12 de abril de 2015.
Para os especialistas, a principal razão desse movimento é a visão de oportunidade para aprimorar as qualificações e ocupar os cargos de gestão e liderança disponíveis no mercado de trabalho. “Quanto mais qualificado estiver o profissional, menores são as chances de ele entrar para a estatística do desemprego”, comenta Heliomar Quaresma, presidente da IBE Conveniada FGV.
Os cursos e modalidades mais procurados são liderança, negociação e finanças, todos necessários para o bom desenvolvimento do profissional no mercado de trabalho. Segundo a opinião da consultora de Direitos Humanos, Rúbria Coutinho, além de possuir essas três áreas, o executivo deve também saber se organizar e se auto-avaliar, ou seja, ele deve saber o que está faltando em seu perfil profissional e pessoal para poder melhorar a cada dia com cada nova experiência.
Os cursos executivos já oferecem estruturas que vão além do simples conceito da sala de aula. No curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas da IBE Conveniada FGV, por exemplo, além do conhecimento teórico e prático, o aluno ainda recebe avaliação e dicas de um coaching sobre as necessidades pessoais e profissionais para alavancar a carreira. “Os cursos são bastante aprofundados e apresentam conhecimento integrado a métodos avançados de gestão da produção; ao mesmo tempo, avaliam as experiências propostas e prospecta novas possibilidades”, conta Quaresma.
Além disso, os números apontam outra tendência: a de que existe um aumento de alunos que pagam os estudos com o próprio dinheiro e de alunos que procuram aulas às sextas à noite e aos sábados em tempo integral, ressaltando a hipótese de que há mais executivos vindo de fora da capital para estudar.
Segundo o professor de Economia da IBE Conveniada FGV, Múcio Zacharias, a crise é uma excelente oportunidade para corajosos. Zacharias defende que é hora dos líderes tomarem as decisões com foco no futuro. “A crise não vai durar para sempre. Somente aqueles que estiverem melhor preparados e informados é que conseguirão ter uma visão mais apurada para decidir. Se tiver algum corajoso, a hora de investir é agora”, destaca.
O momento da economia está provocando reações no mercado de trabalho, inclusive forçando os executivos a voltarem para a sala de aula. Neste começo de ano, grande parte das escolas de negócio brasileiras detectaram aumento na procura por seus programas. Na Fundação Getulio Vargas (FGV), as matrículas nos cursos abertos de curta duração, cujas aulas começavam em março e abril, aumentaram cerca de 30% na comparação com os mesmos tipos de programa no início de 2014.