Coronavírus contribuiu para aumento de 1,8% na cesta básica

cesta básica

Cesta básica sobe com efeitos do avanço da pandemia. O consumidor tem sentido no bolso o aumento de itens básicos da cesta de alimentos desde o início dos problemas com o novo coronavírus no Brasil.

O dia foi marcado pela aprovação da Anvisa para realização em farmácias de testes rápidos para o diagnóstico do novo coronavírus. Com isso, os exames deixam de ser exclusivos para hospitais e clínicas e deverão ser feitos e analisados por um profissional de saúde preparado para o procedimento.

A Caixa Econômica Federal informou que pagará mais 3,6 bilhões de reais da primeira parcela do auxílio emergencial, para 5,1 milhões de pessoas (sendo 3,26 milhões inscritas pelo aplicativo ou pelo site do programa).

Cesta básica

Mas, quando o assunto é alimentação, o cálculo feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) apontou aumento médio dos principais itens da cesta básica, de 1,8% – a variação foi de 0,06% (entre 8 de fevereiro e 7 de março) para 1,86% (entre 23 de março e 22 de abril), comparando os períodos pré e pós-pandemia. Os tipos de feijão avançaram em torno de 10%: o carioca saltou de -1,45% para 8,62%, e o feijão preto de -2,73% para 8,13%.

Para o economista André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE, como as famílias estão em casa, a procura por produtos nos supermercados aumenta. “As famílias passaram a fazer todas as refeições em casa – café, almoço e jantar. E pedir comida em restaurante custa mais caro. Então a melhor opção é comprar no mercado, mesmo que se pague um pouco mais nesse momento”, explicou Braz.

Outros fatores também ajudaram a elevar os preços, segundo o responsável pelo levantamento, como efeitos sazonais e a alta do dólar. “Tivemos uma safra de feijão menos expressiva. Por isso os preços avançaram tanto. Já os ovos, que já haviam subido 7,21%, continuaram subindo 6,57%, pois há um aumento do consumo desse item no período da quaresma. A desvalorização cambial também colaborou, pois atua sobre o preço das commodities. Se o trigo fica mais caro, por exemplo, aumenta o preço dos derivados como o pão francês”, analisou Braz.

Expectativa de Inflação dos Consumidores cresce em abril de 2020

Em consenso com a atual situação do país, a expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses subiu 0,3 ponto percentual em abril de 2020, para 5,1%, o maior valor desde julho de 2019 (5,3%), aponta o Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,2 ponto percentual.

“A antecipação de compras para formação de estoques a partir da segunda quinzena de março, quando muitas grandes cidades iniciaram medidas de isolamento social, pressionou os preços de alimentos, levando consumidores a rever para cima suas expectativas de inflação. Este resultado deve ser passageiro, considerando que o nível de atividade continuará muito fraco por um tempo mantendo baixa também a inflação”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV IBRE.

Analisando a frequência da inflação prevista por faixas de respostas, 45,6% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação (4,0%) em abril, a menor parcela dos últimos seis meses. Por outro lado, a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,5%) para 2020 aumentou de 30,4% para 35,9%, a maior parcela nos últimos seis meses.

Na análise por faixas de renda, todas as famílias, principalmente as de menor poder aquisitivo, aumentaram suas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes. Para as famílias com renda até R$ 2,1 mil houve aumento de 5,9% para 6,2% enquanto para as famílias com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil as expectativas subiram de 5,0% para 5,6%. Quanto às famílias de renda acima de R$ 9,6 mil, suas expectativas cresceram 0,1% após permanecer sete meses no mínimo valor histórico (4,0%).

 

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