Como você se comporta quando alguém tem um ponto de vista diferente do seu?

Como você se comporta quando alguém tem um ponto de vista diferente do seu?

O que podemos aprender com a polarização política – uma lição dentro e fora das organizações

Se usarmos o conflito de ideias a favor da colaboração, da produtividade e da inovação, elementos fundamentais para as organizações, com certeza estaremos mais perto de superarmos os desafios do mundo de hoje.

Nesse momento de ânimos acirrados pelo cenário de instabilidade política, acho que vale a pena resgatarmos o conceito de tolerância. Não se trata de aceitar e acatar uma opinião diferente da sua, mas aceitar a existência de pontos de vista diferentes e conviver com eles, mesmo que sejam totalmente opostos ao seu

Para começar essa reflexão, acho que vale citar aqui uma frase atribuída a Voltaire, que teria dito para Rousseau: “não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”. Tolerância é exatamente isso.

E como é bom que as pessoas pensem de maneiras diferentes e vejam os problemas e as soluções sob diferentes ângulos. Os conflitos de ideias são normais e muito saudáveis em todos os aspectos de nossa vida. Eles nos ajudam a ir além, a olhar as coisas a partir de uma outra perspectiva, a ampliar nossos horizontes, a melhorar o objeto do nosso trabalho e também a estreitar as relações humanas.

Mas os conflitos se tornam combates quando as pessoas tomam como um ataque pessoal uma opinião divergente. E eu resolvi tratar desse tema aqui porque essa postura tem ficado mais evidente por causa da polarização do atual debate político.

Acredito que tanto na política quanto na vida, sempre encontramos boas oportunidades de reflexão e aprendizado. Se usarmos o conflito de ideias a favor da colaboração, da produtividade e da inovação, elementos fundamentais para as organizações, com certeza estaremos mais perto de superarmos os desafios do mundo de hoje. O que não podemos é deixar que nossos objetivos primários – realizar uma tarefa, conquistar um determinado resultado – percam espaço para o impulso (bem humano, por sinal) de “ganhar uma discussão”. É aí que o conflito, em vez de gerar aprendizado e construção, gera confronto e pode nos fazer perder a linha.

Fácil? Nenhum pouco. Nosso dia a dia é repleto de situações conflitantes, de julgamentos, juízos de valor. É muito difícil não se deixar levar por nossa humanidade… Por isso, minha proposta aqui é deixar algumas perguntas para nos fazermos e pensarmos se – de verdade – estamos contribuindo para conflitos que geram valor, para discussões produtivas e para o exercício da tolerância. Vamos?

  • Você tem convicção do que está apresentando em uma reunião. De repente alguém lhe diz que você está totalmente equivocado e que o caminho a ser percorrido é o oposto ao que você sugere. Como você reage?
  • Você tem um colaborador que tem uma posição política contrária a sua. Ele é bastante apaixonado pelo tema e fala sobre isso nos intervalos de trabalho. Como você se sente em relação a ele? E ao trabalho dele? Isso muda sua percepção?
  • Você interage com diversas áreas da organização e a maior parte da liderança tem muito respeito e admiração pelo seu trabalho. Porém há uma pequena parcela que não percebe seu trabalho e o da sua equipe da mesma forma. Em reuniões de liderança, esses interlocutores deixam claro que não vêm os resultados da mesma forma. Questionam sua performance. Como você reage? Como você se coloca nessa situação?

Difícil, não é? Eu sei. Mas vale muito a pena tentar. Colocar-se no sapato do outro, exercitar outra perspectiva. Dar outro significado a essas situações pode mudar não só nossas relações no trabalho. Pode mudar também nossa relação com o mundo.

Fonte: Sofia Esteves – Cia. de Talentos

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