Como se preparar financeiramente para ter um filho?

Todos sonhos e projetos pedem um bom planejamento financeiro e não seria diferente para ter filhos. Organizar as finanças ainda antes da gravidez é um passo fundamental para que a criança venha ao mundo com mais tranquilidade.

Os primeiros grandes gastos são com saúde. Caso a mãe não tenha plano de saúde que cubra exames e consultas, terá que arcar com despesas importantes, além de vitaminas e outros itens da preparação para o parto”, diz Carol Sandler, fundadora do site Finanças Femininas e coach financeira especialista em mulheres.

Depois, vêm os preparativos para a chegada da criança. Quanto mais tempo se planejando para a vinda, mais tranquilo será para a família montar o enxoval, decorar o quarto e juntar dinheiro.

Quanto custa ter um filho?

Essa resposta está muito ligada ao comportamento dos pais. Na educação, por exemplo, o custo pode ser zero ao se optar por escola pública ou pode ser de milhares de reais por mês. Quando filho entra na equação, cabe aos pais serem vigilantes para terem um orçamento equilibrado para o longo prazo”, afirma Elle Braude, planejadora financeira CFP® pela Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.

Em outras palavras, as despesas de uma criança estão relacionadas ao padrão de vida da família. Um levantamento feito em 2013 pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent) levou em consideração a classe social para fazer seus cálculos. Na época, dos 0 aos 23 anos, essa era a despesa estimada:

  • Classe A: R$ 2.08 mi
  • Classe B: R$ 948.100
  • Classe C: R$ 407.100
  • Classe D: R$ 53.700

Este foi o último levantamento feito no Brasil. Por isso, podemos considerar estes valores apenas como guia, visto que, provavelmente, eles já cresceram consideravelmente.

No final das contas, o cálculo estimado deve ser feito pelos pais. Este passo é fundamental para a próxima dica: juntar dinheiro.

 

Como juntar dinheiro para a chegada da criança?

Essa tarefa é mais simples para quem já segue o método 50/30/20 – saiba mais sobre ele aqui. Resumidamente, ele recomenda que se guarde 20% da renda líquida todo mês. Desta forma, os pais já terão um bom respiro com as despesas, especialmente as inesperadas.

Se não for o seu caso, sem problemas. Você poderá definir o total a ser guardado fazendo algumas contas – que devem considerar os gastos com a grávida e o bebê durante e pouco depois da gravidez. Pesquise o preço de fraldas, berço, roupinhas, mobília do quarto e outros itens.

Se for possível juntar antes da gravidez, melhor ainda. Os pais que não se planejaram com antecedência enfrentarão alguns choques ao descobrir a gravidez”, comenta Sandler.

A especialista defende que, nestes casos, é preciso otimizar os gastos. “Esses pais terão que ter criatividade. Não precisa de um quartinho impecável, até mesmo o trocador é dispensável. Peça ajuda da família, faça um chá de fraldas. O bebê precisa de poucas roupas, especialmente no começo da vida.

Aliás, tomar cuidado com o apelo da indústria é uma missão para todos os pais. Não há necessidade de estourar o orçamento com os preparativos para o bebê – principalmente porque vários itens comprados para os cuidados com o bebê têm vida curta. Por exemplo, o guarda-roupa terá que ser renovado, praticamente, a cada seis meses, devido ao rápido crescimento dos pequenos.

Procure opções mais baratas e busque comprar itens mais duráveis quando souber que serão usados por mais tempo – caso da cama e assento de carro infantil, por exemplo – e economize o resto para a saúde e educação do seu filho”, aconselha Braude.

Organize o orçamento

As mudanças nas contas de casa mudarão desde a concepção, mas o grande choque acontecerá após o nascimento. Por isso, é preciso abrir espaço no orçamento para essa nova realidade – quanto antes você se acostumar com isso, menor o choque.

A família precisará ficar atenta em relação ao seu orçamento especialmente nos primeiros seis meses após o nascimento. “Neste período se consolidarão os novos padrões de gastos familiares. A atenção precisa ser redobrada para que o orçamento permaneça equilibrado mesmo após a chegada do filho”, orienta Braude.

No geral, os gastos com os filhos entram na parcela de gastos essenciais – que equivalem a 50% da renda líquida dos pais – e incluem despesas com saúde, fraldas, alimentação, roupinhas e afins. Só entrarão nos supérfluos mimos como roupas especiais, brinquedos fora de época e afins.

Os pais devem olhar suas respectivas rendas e pensarem de que forma conseguem encaixar os novos gastos. É essencial que eles conversem e juntem as finanças. Não precisa ter uma conta conjunta, basta um bom planejamento para encarar os gastos a dois – e, acredite, eles aumentarão consideravelmente a partir do momento em que eles se descobrem grávidos”, finaliza Sandler.

Fonte: Conexão Unimed

 

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