Sabe aquela compra no supermercado que você faz? Está diretamente ligada à inflação, só que você não sente isso de forma clara. A inflação come o seu poder de compra a cada mês – de tudo. Roupas, comida, lazer, viagens, etc. Para você sentir o drama, saiba que a aposta da maioria dos analistas do mercado financeiro é de que a inflação vai acelerar ainda mais neste ano.
Foi divulgado, no último dia 5, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cuja variação em setembro foi de 0,48%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse indicador mede a inflação oficial do país. O percentual acumulado dos últimos 12 meses – de outubro de 2017 a setembro de 2018 – é de 4,53%. Já a inflação deste ano, de janeiro a setembro, acumula variação de 3,34%.
Ainda não entendeu nada? Calma! Vamos juntas entender e aprender a trabalhar bem com a inflação.
O que é inflação?
Segundo o nosso dicionário, a inflação é quando a média dos preços da economia sobe. Os produtos e serviços ficam mais caros e o seu dinheiro desvaloriza. É justamente por isso que você não pode de jeito nenhum deixar o seu dinheiro parado na conta – se ele rende todo mês, ele não perde valor, na comparação com a inflação. O problema acontece quando a taxa de inflação de um país começa a se acelerar demais e todo mundo começa a reagir, aumentando os preços nos restaurantes, supermercados, e assim por diante. A moeda perde rapidamente o valor e isso vira a famosa hiperinflação. Nós já passamos por isso aqui no Brasil no final dos anos 1980 e começo dos anos 1990 – só com o Plano Real que as preços conseguiram se estabilizar.
Como a inflação afeta a vida das pessoas
A sensação fica clara quando vamos ao supermercado. Os preços dos produtos estão mais caros e o nosso salário continua o mesmo. Com os preços avançando, nós perdemos o poder de compra: precisamos de mais dinheiro para comprar aquilo que comprávamos no mês passado.
De acordo com o último IPCA divulgado, referente a setembro de 2018, a alimentação sofreu alta de 0,29% – apesar de a alta ter ocorrido, majoritariamente, na alimentação fora de casa. frutas (4,42%), arroz (2,16%) e o pão francês (0,96%). Isso interfere diretamente no nosso bolso, reduzindo a quantidade de produtos e serviços que podemos comprar com o mesmo dinheiro. Outros itens que também subiram foram energia elétrica, taxa de água e esgoto, passagens aéreas e combustíveis em geral – exceto gás veicular.
Para equilibrar isso, os cabeças da economia brasileira devem aumentar os juros, de acordo com a expectativa do mercado. Os juros são o principal instrumento do Banco Central para combater a inflação. Mas nós sentimos isso também na prática: quando compramos parcelado, dificilmente conferimos qual é o preço pago pelos juros. Se os juros sobem, muito provavelmente, vamos sentir isso no bolso, nos financiamentos e compras no cartão, por exemplo. Então, mais do que nunca, quando for parcelar, fique atenta aos juros. Confirme se não está pagando juros abusivos e bem altos. Assim, sua vida financeira fica mais difícil ainda.
Inflação versus investimentos
Com a inflação mais alta, o retorno real trazido pelos seus investimentos diminui. Então se você tiver algum investimento, fique atenta à inflação para ver se no final do mês, você não está perdendo dinheiro. Isso além de diminuir o seu lucro em alguns investimentos, diminui o seu poder de compra. Para saber disso certinho, fique atenta à taxa de retorno. Veja se o seu investimento está rendendo mais do que a inflação para decidir se deve manter a sua estratégia ou procurar uma nova alternativa!
Fonte: Finanças Femininas