O grupo CEO Insights, formado por altos executivos de todo o Brasil, realizou o seu 36º encontro, com a presença de Rafael Lucchesi, que é diretor geral do SENAI no Brasil. Cerca de 100 líderes participaram.
“Ninguém é uma samambaia para ficar parado. A construção do tempo se dá no tempo”, afirma Rafael Lucchesi, diretor geral do Senai no evento, ao exemplificar que é preciso inovar sempre.
A inovação disruptiva pode ser definida como processo em que uma tecnologia, produto ou serviço é transformado ou substituído por uma solução inovadora superior. “Para os clientes, isso significa ser mais acessível, simples ou conveniente”, resume Lucchesi.
O impacto dessa inovação é tão grande que acaba gerando uma mudança no comportamento de consumo do público em geral. O resultado é que a solução anterior se torna obsoleta e pode até desaparecer.
As inovações disruptivas focam em baixo custo ou em novos mercados. “As estratégias dos países desenvolvidos para enfrentar novos desafios, “inovando”, estabelecem prioridades construídas em torno a visões de futuro e definem estratégias e missões definidas a partir de competências existentes e prioridade política, concertação público-privada e estabilidade de recursos, afirma o diretor do SENAI.
Para ele, a ausência dessas estratégias vai causar impactos visíveis a curto prazo no Brasil “Não realizar um grande esforço nacional significará agravar ainda mais o quadro de falta de competitividade de toda a economia”, pontua ele.
Rafael Lucchesi ainda mostrou como as revoluções industriais marcaram o mundo transformando as relações humanas. “As tecnologias que viabilizam esta revolução são transversais e estarão presentes em muitos processos e setores”, afirma. Para ele, os conhecimentos e tecnologias vão, inclusive, além da chamada manufatura avançada ou da Indústria 4.0.
Rafael explica que as tecnologias são inúmeras e estão aí para todos verem. A sinergia entre elas é que determina o rumo das coisas. “A ênfase na difusão é decorrência do atraso tecnológico e da heterogeneidade da indústria. Mas as tecnologias emergentes é que apontam para o futuro. Elas são sinérgicas, impulsionam a nova revolução, se complementam e se retroalimentam”.
Dicas para pequenas, médias e grandes empresas
Segundo Lucchesi, as empresas grandes costumam focar em inovação sustentável, atualizando produtos e serviços existentes para atrair clientes de alto poder aquisitivo. Com isso, passam a ignorar os clientes regulares, que querem apenas soluções simples e de baixo custo.
A inovação disruptiva cria soluções mais baratas e atende um público que as empresas tradicionais haviam deixado de fora. É aqui que uma nova empresa entra, oferecendo algo simples. Enquanto isso, as grandes companhias continuam focadas em clientes mais rentáveis, adicionando a seus produtos e serviços “penduricalhos” pelos quais ninguém quer pagar.
O que é o CEO Insights
Criado em 2013 por ex-alunos do programa CEO FGV, é uma ação que reúne CEOs e altos executivos, cujo propósito é estimular o debate de interesses comuns entre os tomadores de decisão das principais empresas e organizações no Brasil. Com um intenso networking e troca de experiências, os encontros promovidos pelo grupo trazem temáticas em evidência no universo corporativo, pensadas para contribuir com a evolução do seu ecossistema.
O que é o Conselho de Presidentes
Por acreditarem na força da iniciativa privada para o desenvolvimento socioeconômico do País, o Grupo Bonsucesso e a Cenibra fundaram em 2010 o Conselho de Presidentes – CP. Com a missão de “Inspirar líderes nas decisões estratégicas através de aconselhamento mútuo e da troca de experiências”, o CP visa à maior competitividade e lucratividade das empresas, para que, por meio de uma atuação estratégica e comprometida com a sustentabilidade, façam a sua parte na construção de um mundo justo e sustentável. Esta é a 10ª edição do Annual Meeting.