A locomotiva do crescimento

Foto: Heliomar Quaresma – Presidente da IBE Conveniada FGV

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O Brasil viverá, nos próximos meses, um momento de extrema importância.  Receberemos um dos eventos de maior exposição do planeta, a Copa do Mundo de Futebol. Poderemos experimentar, na economia, um giro em torno de R$ 60 bilhões e a criação de inúmeros empregos diretos e indiretos, que serão ou já foram criados.  Porém, um dado preocupante e que acompanhamos na mídia, desde 2009, refere-se ao atraso na realização de algumas obras, principalmente aquelas relacionadas à infraestrutura. Em todas as regiões, alguns pontos nos preocupam e evidenciam a necessidade de planejamento de qualidade tanto para eventos pontuais como para o desenvolvimento contínuo do país.

A RMC (Região Metropolitana de Campinas), região responsável por 3% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e 18% do estadual, possui uma grande responsabilidade em auxiliar o Brasil no que diz respeito ao crescimento e desenvolvimento. Além de receber algumas seleções durante a Copa, como Portugal, que ficará em Campinas, a região possui algumas das mais importantes rodovias do país, o que a coloca como importante rota de tráfego. Ademais, aqui estão muitas das grandes empresas nacionais e multinacionais e as melhores instituições de ensino e centros de pesquisa. Temos um polo tecnológico, produção de conteúdo, recursos e possibilidades de sobra para sermos a locomotiva do desenvolvimento econômico, mas, assim como no restante do país, é no ponto de vista da logística que se encontra uma das grandes preocupações e desafios dos próximos anos.
Estamos na melhor região do Brasil no quesito bem estar urbano, com nove das 100 melhores cidades do país. O potencial é evidente e o nicho de desenvolvimento de cada cidade possui características distintas, mas que se completam. A economia pulverizada é um dos trunfos e, ao mesmo tempo, um dos desafios das cidades, que abrigam as maiores empresas do país em indústrias automobilísticas, farmacêuticas, alimentícias, químicas, têxtil, dentre outras, sendo que, em muitas delas, a região domina a produção do setor.

Quando falamos de números, temos uma verdadeira enxurrada de bons resultados. Somente os anos de 2000 e 2009, segundo estudo realizado pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), foram abertos mais de 49 mil estabelecimentos na RMC, o que movimentou mais de R$ 35 bilhões, sendo R$ 24 bi pelo setor industrial, R$ 3,5 bi do comercial e R$ 7,5 bi do setor de serviços. De acordo com o levantamento, o crescimento do número de estabelecimentos na RMC desde a sua criação, em 2000, até 2009 foi de 53,89%, o que representa uma taxa anual de expansão 4,91% ao ano.

Todo esse desenvolvimento e prosperidade precisam, obrigatoriamente, de uma boa infraestrutura. Atualmente, o país como um todo enfrenta diversos problemas no setor, principalmente no que diz respeito à logística, o que evidencia claramente a necessidade de um planejamento estratégico não apenas para recebermos grandes eventos, mas também para garantir o transporte do desenvolvimento que país se propõe a alcançar nos próximos anos.

Temos bons produtos, tecnologia e pesquisas, mas também precisamos de um grande esforço dos líderes, tanto do setor público quanto privado, no planejamento de mecanismos e alternativas para transportar todo esse crescimento. Mais que isso, necessitamos de instituições que formem profissionais de qualidade para assumirem os desafios dos processos de criação e viabilização de projetos nesta área. Engenheiros, gestores e profissionais de logística que sejam capazes de identificar os gargalos da atualidade e as necessidades do futuro sem perder de vista o bem estar dos maiores beneficiados com um bom sistema de logística: as pessoas.

 

A região precisa cada vez mais de líderes com formação e informação diferenciadas para enfrentar os desafios deste e de todos os outros setores nos próximos anos, o que inclui, também, o desenvolvimento sustentável e a realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Temos condições de fazer isso. A melhor formadora de CEOs do Brasil, segundo estudo divulgado pela revista britância Times Higher Education (THE), também está na RMC: A Fundação Getulio Vargas (IBE Conveniada FGV). Nesse sentido, o intercâmbio e a troca de experiências entre instituições de ensino e organizações dos setores público e privado são essenciais para o desenvolvimento e crescimento das cidades. É vital que haja um planejamento integrado entre todas as áreas, principalmente no que diz respeito à educação e à formação de líderes para a administração e maximização de todas as riquezas. Assim, todos os potenciais poderão ser explorados ao máximo e a região continuará sendo o modelo de desenvolvimento, inovação, qualidade de vida e liderança.

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