A liderança integral

A liderança integral para uma nova era

Estamos vivendo uma época extraordinária, de mudanças jamais vistas ou imaginadas na história da humanidade. Modelos cartesianos já não dão conta dos desafios impostos pelos fluxos da vida. É paradoxal que vejamos diariamente inúmeras descobertas científicas, grandes avanços na medicina e na farmacologia, mas nunca tenhamos visto tantas pessoas doentes. Não apenas fisicamente: muitos estão com suas almas doentes. No âmbito corporativo, há um sem-número de desafios, incertezas, volatilidade, ambiguidade e muita complexidade a serem encarados.

A meu ver, estes são tempos que demandam novos líderes em todas as esferas (empresas, governos, organizações do terceiro setor, escolas, comunidades). Líderes que deixem para trás o consumismo e o exibicionismo ditados pela força do ego e dos impulsos hedonistas que tão fortemente marcam as nossas vidas hoje. Líderes que busquem resgatar o significado e o propósito na vida das pessoas, que ajudem a ouvir e aceitar os anseios da alma. Enfim, líderes integrais, que estejam sintonizados com os seguintes ideais:

1. Mais proatividade e menos reatividade no que tange às mudanças;

2. Mais criação colaborativa e menos modelos preditivos de controle;

3. Mais liderança compartilhada e menos controle centralizado;

4. Compreensão das várias interdependências que afetam os negócios;

5. Menor inclinação para soluções permanentes e“perfeitas”;

6. Ajuda às pessoas para encontrar o seu propósito no mundo;

7. Entendimento de que as organizações são grandes constelações sistêmicas que afetam e são afetadas pelos fluxos de energia da vida e pelos impulsos da alma.

Não dá mais para adiar: é chegada a hora de reconhecer essas dimensões e recuperar o equilíbrio físico, psíquico e espiritual das pessoas e, por consequência, das organizações.

Na prática, isso significa incorporar, sem receio nenhum, temas como autoconhecimento, espiritualidade, antroposofia e constelações sistêmicas ao dia a dia das empresas. Minha experiência pessoal, como executivo, tem me mostrado que as pessoas têm ignorado os chamados da alma e, cada vez mais, representam papéis dentro das organizações que as distanciam dos seus propósitos na vida, comportando-se sob um perigoso automatismo alienante. Mas, na medida em que tenhamos respaldo de uma nova liderança, que reconhece a necessidade de cuidar de tais clamores, mais ciosa das dimensões sistêmicas da vida, acredito que teremos pessoas mais sãs, felizes, alinhadas aos seus propósitos na vida; consequentemente, organizações mais saudáveis, sustentáveis e, portanto, mais competitivas para enfrentar os novos desafios que caracterizam o mundo de hoje.

Como profissional de RH, realmente acredito que essas grandes mudanças devem ser patrocinadas por nossa comunidade. Primeiramente: não tenha medo de defender o que é certo. Depois, entenda profundamente como funciona a empresa, como ela ganha e perde dinheiro. Seja um profissional impecável na entrega de suas responsabilidades e procure desenvolver habilidades empáticas para entender o ponto de vista do outro. Por último, entenda a necessidade de ter conversas de influências e não desista da crença de que é possível mudar as pessoas, tenha fé nos fluxos e na força da vida (o que nada tem a ver com religião) e invista, sempre, no seu autoconhecimento.

Tudo isso faz parte do que costumo chamar de “darwinismo do RH”. Afinal, quando defendemos o que é certo, o sistema conspira a favor. Basta darmos o primeiro passo.

Fonte: Americo Rodrigues de Figueredo

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