3 F´s: Foco, Força e Fé

3 F´s: Foco, Força e Fé

Muito além de três palavras começando com a mesma letra, foco, força e fé são pilares para se obter sucesso e perenidade em qualquer atividade.  Um verdadeiro mantra, que adotado em conjunto, pode produzir resultados efetivos e consistentes, seja qual for a área em questão.

Ao falar de carreira, os três “F’s” podem gerar resultados surpreendentes, especialmente se bem utilizados com alunos do ensino médio, boa parte integrante da chamada Geração Y.

Um dos grandes problemas ao se interagir com este público é atrair sua atenção e mantê-lo concentrado, conforme reconhece Daniel Goleman em “Foco – A atenção e seu papel fundamental para o sucesso”. Tal dificuldade o autor do livro atribui, em grande medida à diversidade tecnológica à qual hoje estamos expostos, o que torna quase impossível duas pessoas conversarem tête-à-tête se estiverem com os seus smartphones por perto.

Uma clara consequência disto está no fato de os jovens da Geração Y raramente estabelecer e focar objetivos de médio e longo prazo. E quando se trata de carreira, dificilmente existem metas rapidamente atingíveis.

Por isso é fundamental trabalhar com eles, desde cedo, a questão do planejamento, mostrando que materializar desejos exige renúncias menos dolorosas quanto mais preparados estivermos para aceitá-las .

Sua forte tendência ao imediatismo recomenda ainda iniciar o trabalho visando objetivos de curto prazo, despertando com isso o prazer em planejar, focar no objetivo e, o mais importante, conseguir alcançá-lo. Ao assimilar esse ciclo, o futuro profissional tende a se envolver de maneira mais focada, aumentando sua dedicação e o desempenho.

Um bom exemplo de aplicação bem-sucedida de tal fórmula está na Finlândia, onde o sistema educacional oferece mais autonomia para o professor e menos ênfase às provas.  Dentro das salas de aula os alunos resolvem problemas do dia a dia do ponto de vista da matemática, química ou física, num ambiente onde se trabalha em cima de temas e as provas se transformam em projetos, com o feedback dado aos alunos à medida que suas tarefas se realizam.

Já o segundo “F” trata da força. Diferentemente das gerações passadas, acostumadas ao trabalho braçal, a Y é cada vez menos exigida neste ponto. Em contrapartida, o mercado de trabalho cobra dela a resiliência, ponto no qual reside uma outra flagrante fraqueza sua.   Ao se sentir pressionados, os Y simplesmente se desmancham como parafusos de geleia, na definição do psiquiatra Içami Tiba. Assim como seus avós, eles precisam aprender a suportar as adversidades e transformás-la em impulso para seu crescimento profissional.

O último “F”, por sua vez, está ligado a fé e religiosidade, ou seja, acreditar na existência de uma força superior e no poder do bem. Mas cada um precisa fazer a sua parte e se sentir envolvido, como reza um dos princípios do accountabillity. Se um jovem quer passar no vestibular, deve se envolver mais e assumir as suas responsabilidades, ao invés de transferi-las para seus pais e professores.

Tanto o foco, quanto a resiliência e a accountability são chamadas de habilidades não-cognitivas, mas que podem e devem ser estimuladas no ambiente escolar.

Em suma, seja responsável, pois seu destino é você quem faz. Conte menos com a sorte e bem mais com a sua própria atitude. Além de força, foco e fé, busque também: foco, resiliência e accountability.

Ronan Delfim Machado, terapeuta ocupacional, especialista em psicologia da educação

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